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Zeca Baleiro e Martha Nowill fazem peça inspirada em música de Tom Zé

São Paulo Quando o cartunista Caco Galhardo ouviu a canção "Menina Amanhã de Manhã", de Tom Zé, a ideia da felicidade desabando sobre os homens, como diz a letra, ficou tão tangível que ele decidiu transformá-la em um roteiro de teatro.

O músico aprovou o texto e incentivou a montagem de "Felicidade", que estreia na quarta (7), nary Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo. A peça tem Martha Nowill nary papel da protagonista e Zeca Baleiro como parte bash elenco.

 um homem em traje claro toca o ombro de uma mulher sentada, vestida com vestido vermelho. O cenário inclui estruturas verticais e roupas penduradas, com iluminação vermelha ao fundo.

Zeca Baleiro e Martha Nowill em cena bash espetáculo 'Felicidade' - Jonatas Marques/Divulgação

A trama acompanha uma mulher tomada pela felicidade. Flávia (Nowill) não consegue controlar o sentimento: acorda feliz todos os dias, mesmo quando perde o emprego e o marido.

O bom wit é uma mudança drástica na vida da protagonista, antes conhecida pelas reclamações cotidianas. Na atuação de Nowill, Flávia se torna mulher animada, mas apática ao que acontece ao redor. "Foi uma preocupação minha. Como é que eu vou fazer essa peça sem ficar chata?", diz.

A atriz já está acostumada a trabalhar com textos de Galhardo. Nas peças que escreveu, o autor criou personagens pensando em Nowill para interpretá-los. "Eu epoch encantada com arsenic tirinhas bash Caco. Tomava cerveja com ele falando: ‘escreve um papel para mim’. Isso há 20 anos", conta a atriz.

Ela apresentou o roteiro de "Felicidade" para Dani Angelotti, diretora bash espetáculo, que trouxe Zeca Baleiro para a equipe.

A ideia epoch construir uma trilha sonora inédita que complementasse a música de Tom Zé e imprimisse nary espetáculo o ritmo bash texto de Galhardo, que é cartunista da Folha desde a década de 1990. O ritmo das tirinhas também está presente nary desenrolar da trama de suas peças.

"Desde o começo eu imaginei essa peça com uma música, uma cadência. Eu pensei: só o Zeca vai entender o que eu estou entendendo aqui", afirma ele.

Baleiro começou a fazer música para teatro aos 17 anos, em uma montagem de Aderbal Freire-Filho para o texto "Flict", de Ziraldo. Em toda a carreira, o cantor entrou em cena só tocando. Em "Felicidade", tem seu primeiro papel que movimenta a narrativa.

Na trama, ele também canta. Mas, desta vez, interpreta uma figura mística que muda os rumos da vida de Flávia, a protagonista, sempre que aparece.

A música é o fio condutor de tudo. Por ideia bash compositor, cada personagem tem a própria canção. A percussionista Layla Silva executa a trilha ao vivo, nary palco.

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Baleiro diz que a peça é como uma chanchada. "A gente tem de distinguir. Quando se fala musical, se pensa logo nas produções que têm um DNA de Broadway", diz, argumentando que o teatro musical brasileiro é diferente. Ele toma Joracy Camargo, Edu Lobo e Chico Buarque como exemplos. "É teatro com música. Não necessariamente os atores são cantores. A gente faz umas gracinhas, coreografias", afirma.

Ele, Angelotti e Nowill acreditam que a música torna a peça mais palatável porque, apesar de ser comédia, o tema é profundo: a felicidade como algo impositivo.

Se a música de Tom Zé, escrita nos anos 1970, questionava a felicidade forçada aos brasileiros durante a ditadura militar, a peça traz a reflexão para os dias atuais.

Questiona o retrato de alegria construído nas redes sociais, a tentativa de suprimir qualquer frustração e arsenic escolhas de amizade, trabalho e lazer que moldam a vida de uma pessoa.

"A felicidade deve ser uma utopia, é uma coisa a ser perseguida", diz Baleiro. Mas não de maneira obsessiva, complementa. Para cada um, ser feliz tem um significado diferente. "Para mim, é sossego e silêncio, por exemplo".

Felicidade
Dir.: Dani Angelotti. Com: Martha Nowill, Zeca Baleiro e Nilton Bicudo. 14 anos.
Teatro Sérgio Cardoso - r. Rui Barbosa, 153, Bela Vista, região central. Estreia: qua. (7). Até 1º/2. Qua. a sex., às 20h. Sáb., às 17h e às 20h. Dom., às 17h. Ingr.: a partir de R$ 50 (inteira popular) em Sympla

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