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Zelensky diz que Ucrânia encara dilema entre perder a dignidade ou o apoio dos EUA: 'Um dos momentos mais difícieis da nossa história'

“A pressão sobre a Ucrânia é enorme. Podemos ter que escolher entre perder nossa dignidade ou correr o risco de perder um parceiro essencial”, declarou Zelensky em discurso em vídeo à população.

Segundo o presidente, Kiev vai “trabalhar com calma” com os Estados Unidos e outros aliados para analisar o plano, prometendo agir “de forma construtiva”.

Fontes da agência de notícias Reuters afirmaram Zelensky e o vice-presidente dos EUA, JD Vance, se falaram por telefone nesta sexta.

Antes do pronunciamento, Zelensky também conversou por telefone com os líderes da Alemanha, França e Reino Unido. Os três garantiram que continuam apoiando a Ucrânia. O governo americano, porém, surpreendeu aliados europeus ao apresentar a proposta sem ampla consulta prévia.

O plano dos EUA inclui várias das exigências antigas do presidente russo, Vladimir Putin — entre elas, concessões territoriais por parte da Ucrânia —, além de oferecer apenas garantias de segurança limitadas a Kiev.

O plano prevê que Kiev cederia as regiões de Donetsk e Luhansk à Rússia, segundo um esboço do documento ao qual a agência de notícias AFP teve acesso.

Essas duas regiões, que ficam no leste da Ucrânia, seriam "reconhecidas de fato como russas, inclusive pelos Estados Unidos". A mesma categoria seria aplicada para a Crimeia, a península ucraniana ilegalmente anexada pela Rússia em 2014.

👉 Líderes europeus, em reunião nesta sexta, afirmaram que as forças ucranianas devem permanecer capazes de defender a soberania do país, em uma referência à exigência de redução das forças ucranianas.

O presidente francês, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o chanceler alemão, Friedrich Merz, fizeram uma ligação conjunta por telefone com Zelensky. Na chamada, disseram que assegurarão apoio da Europa à Ucrânia, mas também elogiaram "os esforços de Donald Trump" por buscar o fim da guerra.

👉 Também nesta sexta, o Kremlin pressionou o governo ucraniano e disse que Kiev tem pouca margem de negociação diante dos recentes avanços das tropas russas no front da guerra. O governo de Vladimir Putin ainda não se manifestou sobre o plano.

Zelensky discursa na Assembleia Geral da ONU — Foto: Reuters/Shannon Stapleton

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