Crédito, Pool
23 fevereiro 2025, 13:05 -03
Atualizado Há 22 minutos
Em uma coletiva de imprensa neste domingo (23/2), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que estaria disposto a "abrir mão" da presidência do país em troca da paz.
"Se for necessário que eu deixe este cargo, estou pronto para isso, e também posso trocá-lo pela adesão da Ucrânia à Otan", disse Zelensky, referindo-se à aliança militar dos países da Europa e América do Norte.
A Rússia se opõe consistentemente à ideia de que a Ucrânia se torne membro da Otan, temendo que isso traga forças da aliança militar para mais perto de suas fronteiras.
Zelensky enfatizou ainda que seu foco está na segurança da Ucrânia agora, e não daqui a 20 anos, deixando claro que não é seu "sonho" permanecer presidente por uma década.
O mandato presidencial de Zelensky expirou em maio do ano passado. No entanto, a Ucrânia está sob lei marcial desde a invasão russa em fevereiro de 2022, o que suspendeu as eleições presidenciais.
Em novembro, todos os partidos do parlamento ucraniano apoiaram o adiamento das eleições até o fim da guerra, e Zelensky prometeu realizar uma nova eleição assim que o conflito terminar.
As declarações do ucraniano aconteceram após a Rússia lançar o seu maior ataque único de drones em três anos de guerra.
Na segunda-feira (24/1), líderes mundiais irão à Ucrânia para discutir garantias de segurança para o fim da guerra – Zelensky disse que espera que seja um "ponto de inflexão".
Minerais para os EUA?
O presidente ucraniano também se pronunciou sobre as exigências dos Estados Unidos por uma participação nos minerais de terras raras da Ucrânia — um "acordo" que o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou refletir a quantidade de ajuda que os americanos forneceram ao país durante a guerra.
Inicialmente, Zelensky rejeitou essas exigências, mas agora afirma: "Estamos prontos para conversar sobre minerais" com os americanos. "Estamos prontos para compartilhar", mas ressalta que os EUA precisam fazer Putin "acabar com esta guerra".
Ele reitera que a Ucrânia precisa de garantias de segurança, e que os acordos preliminares oferecidos até agora não são o que o país deseja.
Ainda assim, Zelensky afirma que as negociações estão avançando.
Zelensky disse: "Eu não chamaria as palavras de Donald Trump de um elogio".
"Eu não fiquei ofendido, mas um ditador ficaria", acrescentou ele com um sorriso.
Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro