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6 ameaças digitais que realmente atacam seu PC e celular em 2025; confira

Em 2025, as ameaças digitais estão mais sofisticadas, silenciosas e voltadas ao lucro do que nunca. De simples pop-ups falsos a sequestros de dados em massa, ciberataques deixaram de ser coisa de empresas e passaram a atingir também usuários domésticos. Entender a diferença entre malware, spyware e ransomware é essencial para quem quer se proteger e não cair nas armadilhas virtuais que seguem crescendo em número e complexidade.

Antes de conhecer as principais ameaças, é importante entender que malware é o termo “guarda-chuva” que abrange todas as demais. Cada tipo age de forma distinta e requer medidas específicas de prevenção. A seguir, o TechTudo explica como cada ameaça funciona, como identificá-la e o que fazer para se defender, com a contribuição do especialista Jonathan Silva, Cybersecurity Researcher da Acronis TRU.

 Reprodução/FellowNeko/Shutterstock 6 ameaças digitais que realmente atacam seu PC e celular em 2025; confira — Foto: Reprodução/FellowNeko/Shutterstock

Malware (a categoria-mãe)

O termo malware vem de malicious software (“software malicioso”) e se refere a qualquer programa criado para causar danos, espionar ou controlar um sistema. É o equivalente digital de uma “doença” e inclui vírus, worms, trojans, ransomware, spyware, adware e scareware.

Segundo Jonathan Silva, “malware é como o termo ‘crime’: ele define a categoria geral. Um vírus, por exemplo, seria um tipo específico, como o ‘roubo’. Um vírus precisa se anexar a um arquivo ou programa legítimo para se espalhar, enquanto malware pode agir de muitas outras formas”, explica o pesquisador.

Compreender essa hierarquia ajuda a reagir corretamente a cada ameaça. “Entender que malware é o termo abrangente é essencial, porque define a intenção do software. Quando você sabe que algo é malware, a próxima pergunta é: que tipo de malware é? Isso orienta a defesa correta”, complementa Jonathan.

  • Use antivírus e antimalware atualizados;
  • Mantenha o sistema e os apps sempre em dia;
  • Ative o firewall e evite downloads suspeitos;
  • Faça backup regular de seus dados.

Worm (o que se espalha sozinho)

Um worm é um tipo de malware que se replica automaticamente e se espalha por redes sem precisar de ação do usuário. Ele aproveita brechas em sistemas ou conexões e pode infectar dezenas de dispositivos em minuto, inclusive os domésticos, via Wi-Fi ou WhatsApp.

De acordo com Silva, “os worms continuam extremamente perigosos. Embora não recebam tanta atenção quanto o ransomware, eles são o motor silencioso de muitas infecções modernas. Hoje, servem como mecanismo de entrega para outros malwares, ajudando a espalhar ransomware entre vários alvos”.

O especialista alerta ainda que a Internet das Coisas (IoT) ampliou o campo de ataque: “Dispositivos IoT, como câmeras e roteadores, são alvos fáceis. Muitos vêm com senhas fracas e raramente são atualizados. Isso os torna perfeitos para worms que podem transformar milhões de aparelhos em botnets”, diz.

  • Atualize sempre o sistema e dispositivos IoT;
  • Use firewall ativo e evite redes públicas;
  • Não clique em anexos ou links suspeitos;
  • Monitore lentidão e uso anormal de rede.

Adware (o bombardeador de propagandas)

O adware é aquele tipo de malware “incômodo”, que enche a tela com propagandas invasivas e rastreia o que o usuário faz online. Embora pareça menos perigoso, o adware pode abrir brechas para ameaças mais sérias e comprometer a privacidade.

“O adware é considerado leve porque seu objetivo principal é exibir anúncios, mas isso não significa que seja inofensivo”, afirma Jonathan. “Ele rastreia hábitos de navegação e pode redirecionar para sites maliciosos. Pior: as redes de anúncios que usa muitas vezes servem de porta de entrada para infecções mais graves.”

Segundo o pesquisador, o perigo aumenta quando o adware altera o navegador. “Se um malware consegue modificar seu navegador, mudando a página inicial ou injetando anúncios falsos , ele quebra sua primeira linha de defesa. A partir daí, pode roubar senhas, redirecionar você para sites de phishing ou baixar outros malwares”, alerta.

  • Revise extensões do navegador com frequência;
  • Desmarque “ofertas extras” ao instalar programas;
  • Use bloqueadores de anúncios confiáveis;
  • Evite clicar em banners com alertas falsos.
 Sandra Mastrogiacomo/TechTudo 6 ameaças digitais que realmente atacam seu PC e celular em 2025 — Foto: Sandra Mastrogiacomo/TechTudo

Spyware (o espião invisível)

O spyware é uma das ameaças mais invasivas da atualidade. Ele monitora o que o usuário faz, captura senhas, registra mensagens, rastreia localização e pode até ativar microfone ou câmera.Tudo em segundo plano.

Silva explica que o usuário pode notar pistas sutis: “Sinais de espionagem incluem drenagem súbita da bateria, consumo alto de dados, aquecimento do aparelho mesmo em repouso, demora para desligar e ruídos estranhos durante chamadas”. Esses indícios podem apontar para o funcionamento constante de um spyware no celular.

Para detectar e remover o problema, o pesquisador recomenda soluções profissionais. “Spyware é invisível aos olhos humanos, mas deixa rastros digitais. Ferramentas como o Acronis Active Protection monitoram o comportamento dos aplicativos no sistema e bloqueiam ações suspeitas antes que causem danos”, destaca.

  • Verifique permissões de apps regularmente;
  • Desconfie de aplicativos desconhecidos;
  • Use autenticação biométrica e antivírus de confiança;
  • Evite emprestar o celular desbloqueado.

Scareware (o golpe do susto)

O scareware explora o medo e o pânico para enganar. Ele exibe pop-ups alarmantes dizendo que o computador está “infectado com 57 vírus” e promete uma “solução imediata” mediante pagamento — geralmente falso.

Segundo Silva, “o scareware ainda é incrivelmente eficaz porque causa pânico. No momento em que o usuário vê um alerta piscando, ele entra em modo de emergência e age sem pensar, clicando em links ou pagando por softwares falsos”.

Ele explica que o golpe funciona justamente pela combinação de medo e desconhecimento técnico: “A maioria das pessoas não sabe como uma infecção real se comporta. Então, quando veem uma mensagem alarmante, acreditam que é legítima e clicam em ‘corrigir agora’, com medo de perder fotos ou dados bancários”.

  • Nunca confie em pop-ups alarmistas;
  • Feche janelas falsas via Gerenciador de Tarefas;
  • Consulte seu antivírus real antes de agir;
  • Desconfie de mensagens que pedem pagamento urgente.

Ransomware (o sequestrador digital)

O ransomware é, hoje, a ameaça mais perigosa e lucrativa do mundo cibernético. Ele “sequestra” seus arquivos, criptografando-os, e exige pagamento em criptomoedas para devolvê-los. Muitas vezes, mesmo pagando, o usuário não recupera seus dados.

Para Silva, o crescimento desse tipo de ataque tem uma explicação simples: “É muito mais fácil e lucrativo extorquir dados do que invadir sistemas para roubar informações. A engenharia social e as vulnerabilidades humanas seguem sendo o elo mais fraco.”

O pesquisador também aponta as falhas básicas que mantêm empresas e órgãos públicos vulneráveis. “Persistem problemas clássicos: sistemas sem atualização, acessos remotos expostos, redes não segmentadas e backups fracos. Além disso, criminosos usam dupla ou tripla extorsão para aumentar a pressão sobre as vítimas”, afirma.

  • Faça backup regular e mantenha-o desconectado da rede;
  • Mantenha o sistema atualizado e com antivírus ativo;
  • Nunca pague o resgate — isso financia o crime;
  • Treine funcionários e usuários sobre phishing e anexos suspeitos.

E o phishing? Por que não está na lista?

Embora perigoso, o phishing não é um malware. Trata-se de uma técnica de engenharia social que engana o usuário para roubar dados, senhas ou instalar programas maliciosos. Ele chega por e-mail, SMS, WhatsApp ou redes sociais, imitando comunicações legítimas de bancos, empresas e serviços online.

De acordo com Silva, “os phishings modernos exploram urgência e confiança”. Entre os sinais de alerta estão mensagens dizendo que “sua conta será bloqueada” ou “há uma entrega pendente”, além de links encurtados e pedidos inesperados de login.

“No celular, os ataques são ainda mais perigosos, porque a tela pequena dificulta ver o endereço real do link, e as pessoas confiam mais em mensagens de SMS e WhatsApp do que em e-mails”, explica o pesquisador.

Para Silva, a melhor forma de reduzir o risco de infecção digital é adotar autenticação multifator (MFA) em todos os serviços possíveis. “Senhas serão roubadas — é apenas uma questão de quando. A MFA é o trinco digital que impede o uso indevido das suas contas. Prefira métodos baseados em aplicativos autenticadores e evite SMS ou WhatsApp, que podem ser clonados.”

E o futuro? Segundo ele, a inteligência artificial vai mudar o jogo: “A IA tornará os ataques mais personalizados e convincentes. Já vemos phishings criados por IA em vários idiomas e malwares que se reescrevem para escapar dos antivírus. É a nova corrida armamentista da cibersegurança.”

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