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7,5 milhões de brasileiros comprometeram a renda com bets no último ano

Endividamento em função das apostas também ganha força. Segundo a pesquisa, 17% dos entrevistados deixaram de pagar alguma conta para jogar e 29% já tiveram o nome negativado devido a gastos com jogos online. Entre eles, 17% ainda dizem estar nessa situação.

Gasto médio mensal com os jogos online de azar é de R$ 187. O levantamento identifica que o valor desembolsado aumenta conforme a classe social dos apostadores. Enquanto o gasto médio das classes C/D/E é de R$ 151,98, os integrantes dos níveis A e B apostam, em média, R$ 255,22 a cada mês.

Impacto negativo das bets vai além das questões financeiras. Para 28% dos entrevistados, as apostas resultaram em efeitos negativos em suas vidas: irritação (8%), conflitos familiares (8%) e problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão (8%). A produtividade no trabalho ou nos estudos também foi afetada para 7% dos apostadores.

Avanço das apostas "acende um sinal de alerta urgente". O presidente da CNDL, José César da Costa, alerta que o crescimento descontrolado dos jogos online coloca as casas de apostas como um problema social e econômico. "É fundamental que a regulamentação do setor priorize a proteção do consumidor, especialmente de jovens e famílias, e não apenas a arrecadação", diz ele.

Precisamos de políticas públicas que tratem o vício em jogos como uma doença, com ações de conscientização e limites mais rígidos na publicidade e nos métodos de pagamento.
José César da Costa

Regulamentação das bets

Maioria da população tem visão crítica sobre publicidade de apostas. Para cerca de 60% dos entrevistados, a promoção de plataformas por celebridades e influenciadores digitais é vista como negativa, tanto que 41% afirmam que já deixaram de seguir criadores de conteúdo que divulgam essas plataformas.

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