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9 coisas tão irritantes no iPhone que até fãs da Apple odeiam

Mesmo sendo um dos celulares mais cobiçados do mercado, o iPhone está longe de agradar a todos — inclusive parte dos próprios usuários fiéis da Apple. Preço elevado, ausência de carregador na caixa, bateria que nem sempre acompanha o ritmo do dia e questões de durabilidade estão entre as reclamações mais recorrentes. Para entender o que realmente incomoda quem usa o celular, o TechTudo ouviu jornalistas da redação que são usuários de iPhone há anos.

Com franqueza, eles apontaram desde o carregamento lento até a fragilidade do vidro traseiro como aspectos que atrapalham a experiência. Nesta matéria, reunimos essas percepções reais e as cruzamos com dados de mercado, reclamações da comunidade e polêmicas históricas da marca. O resultado é um panorama do que até os usuários mais apaixonados gostariam que a Apple resolvesse — e que a concorrência já faz melhor em muitos aspectos. Confira nas linhas a seguir.

 Mariana Saguias/TechTudo Veja 9 coisas no iPhone que até fãs da Apple odeiam — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

9 coisas tão irritantes no iPhone que até fãs da Apple odeiam

O TechTudo listou nove aspectos do iPhone que até os fãs mais fiéis da marca odeiam. Confira no índice a seguir.

  1. Preço alto que não condiz com o que entrega;
  2. Não vir com carregador;
  3. Bateria aquém do ideal;
  4. Acabamento traseiro de vidro: lindo, mas pouco resistente;
  5. Demora nas melhorias de câmera;
  6. iOS não tem recursos multitarefa;
  7. Carregamento rápido mais lento que outras marcas;
  8. Custos de reparo elevados;
  9. Falta de sideloading.

1. Preço alto que não condiz com o que entrega

Começamos esta lista por um ponto que, para a estagiária de Celulares, Amanda Zola, é um dos principais problemas da marca: o alto preço dos iPhones, que, muitas vezes, não condiz com o que o celular entrega. Modelos como o iPhone 14 Pro Max, usado pela jornalista desde 2024, chegam a custar mais do que topos de linha da Samsung que oferecem recursos superiores em áreas como câmera, autonomia e velocidade de carregamento.

Historicamente, os iPhones justificam o preço pela integração com o ecossistema, pela longa política de suporte de software e pelo desempenho estável conforme o passar do tempo. Entretanto, smartphones como Galaxy S24 Ultra e Xiaomi 14 Ultra entregam sensores de câmera maiores, carregamento muito mais rápido e performance turbinada — tudo por valores menores ou equivalentes.

 Unsplash/Victor Serban iPhones chegam a custar mais do que topos de linha da Samsung e da Xiaomi que oferecem recursos superiores — Foto: Unsplash/Victor Serban

Além disso, os custos de reparo, acessórios e armazenamento tornam a experiência ainda mais cara. Pode-se dizer que o iPhone continua sendo um produto premium, mas cada vez mais especialistas apontam que, tecnicamente, a distância entre Apple e rivais diminuiu — enquanto os preços seguem em rota ascendente.

2. Não vir com carregador

O fato de os aparelhos não virem com carregador é outra reclamação frequente, inclusive para Cecile Mendonça, editora de Softwares e usuária de iPhone desde 2021. A partir do lançamento do iPhone 12, em 2020, a gigante de Cupertino deixou de incluir o acessório na caixa sob a justificativa de que a medida reduziria as emissões de carbono e a quantidade de lixo eletrônico. Vale mencionar que a remoção do carregador e dos fones de ouvido também permitiu embalagens menores, o que, segundo a Apple, aumentou a eficiência no transporte.

 Rodrigo Fernandes/TechTudo iPhones deixaram de vir com carregador em 2020 — Foto: Rodrigo Fernandes/TechTudo

Apesar das polêmicas, a Apple mantém sua política global e segue vendendo iPhones sem carregador, o que faz dessa uma das queixas mais persistentes entre os usuários do aparelho — inclusive dentro da redação.

3. Bateria aquém do ideal

Em um mundo hiperconectado, autonomia é uma necessidade urgente — e, dentro da comunidade Apple, é praticamente consenso que a bateria dos iPhones está aquém do ideal. Luiza M. Martins, editora de Streaming, usa um iPhone 15 Pro Max desde 2023 e acredita que há opções melhores no mercado nesse quesito. “Hoje em dia tem muito celular que faz muito melhor em autonomia”, afirma.

A reclamação ecoa entre usuários do mundo inteiro, especialmente porque os iPhones parecem degradar mais rápido ao longo dos ciclos. Modelos como o iPhone 14 Pro, por exemplo, sofreram quedas aceleradas na saúde da bateria — algo amplamente discutido em fóruns e redes sociais.

 Reprodução/PBKreviews Para usuários de iPhone, a bateria dos celulares está aquém do ideal — Foto: Reprodução/PBKreviews

Outra crítica frequente é que o gerenciamento energético do iOS é mais agressivo do que o do Android, drenando bateria em tarefas simples, como redes sociais e uso de câmera. Enquanto isso, concorrentes como Samsung, Xiaomi e Motorola alcançam autonomias maiores com baterias mais robustas e sistemas de carregamento rápido.

4. Acabamento traseiro de vidro: lindo, mas pouco resistente

Quando o assunto é design, os iPhones se destacam, principalmente os modelos com traseira em vidro. O primeiro modelo com esse acabamento foi o iPhone 4, lançado em 24 de junho de 2010, e, a partir do iPhone 8, a característica se tornou presente em todos os celulares da Apple. No entanto, apesar de bonito, o vidro é pouco resistente. É o que enfatiza Raissa Delphim, editora de Informática e Eletrônicos que utiliza um iPhone 14 Pro Max desde 2023:

“O acabamento traseiro de vidro em várias versões é lindo, mas muito pouco resistente (mesmo usando capinha o meu já quebrou duas vezes). E, quando quebra, tem que trocar, porque depois qualquer impacto vai quebrando mais e mais”, explica.

E isso não se estende apenas à redação. Em redes sociais como o Reddit e o X (antigo Twitter), usuários se queixam a respeito da fragilidade da traseira que tem vidro colado ao chassi. Esse detalhe estético torna o concerto mais caro e complexo, já que o custo médio para o reparo fica entre R$ 250 e R$ 2.000 em modelos Pro.

 Reprodução/Danilo Dias Usuários do Reddit se queixam a respeito da fragilidade da traseira do iPhone que tem vidro colado ao chassi — Foto: Reprodução/Danilo Dias

5. Demora nas melhorias de câmera

A qualidade das câmeras é um tema que sempre gera debate na comunidade Apple. Mesmo sem apostar em números exorbitantes de megapixels, a gigante de Cupertino investe pesado em tecnologias de estabilização óptica, sensores grandes e pós-processamento. O resultado costuma ser fotos com excelente fidelidade de cores, baixo ruído e desempenho consistente em cenários noturnos — aspectos marcantes da cobiçada "foto de iPhone".

 Rubens Achilles/TechTudo Usuários reclamam das poucas inovações nas câmeras do iPhone — Foto: Rubens Achilles/TechTudo

No entanto, as inovações em câmera costumam chegar por último aos dispositivos da marca. Enquanto a Samsung entrega zoom óptico de longo alcance nos modelos Ultra, e a Xiaomi aposta em versatilidade com múltiplos sensores de 50 MP ou mais, a Apple só recentemente introduziu uma teleobjetiva de 48 MP com zoom óptico mais avançado. Para Rubens Achilles, editor do Qual Comprar?, usuário Apple desde 2014 e atualmente dono de um iPhone 17 Pro, isso é um incômodo.

“O que me incomoda é a demora pra melhorias de câmera, principalmente associadas a zoom. Esse ano eles finalmente colocaram um sensor de 48 MP na teleobjetiva, o que permitiu uma aproximação melhor mesmo sem colocar uma lente muito longa. Mas ainda falta pra chegar a níveis atingidos por outras fabricantes em alguns aspectos”, reclama.

Mesmo agora, o zoom do iPhone ainda perde para rivais em alcance, flexibilidade e variedade de distâncias focais. Quem trabalha com criação de conteúdo aponta que a Apple demora para entregar avanços realmente significativos — e, quando entrega, costuma restringi-los aos modelos Pro, prolongando as diferenças dentro da própria linha.

6. iOS não tem recursos multitarefa

A ausência de recursos multitarefa é outra reclamação frequente, inclusive para Victor Bastos, editor de Jogos que utiliza um iPhone 16e. No Android, os usuários podem deixar dois aplicativos abertos lado a lado ou flutuando, mas, no iPhone, não há essa possibilidade.

O iOS nunca adotou oficialmente tela dividida, janelas flutuantes ou multitarefa real, mesmo com iPhones cada vez maiores e mais poderosos. Isso cria um contraste evidente com o ecossistema Android, no qual fabricantes como Samsung, Xiaomi e Motorola oferecem esses recursos até em modelos intermediários. No iPhone, a única alternativa é alternar entre apps, o que interrompe o fluxo de uso e torna tarefas simultâneas mais difíceis.

Para usuários que jogam, estudam ou trabalham pelo celular, essa limitação se transforma em perda de produtividade. A situação fica ainda mais curiosa quando se observa que o iPadOS, sistema dos tablets da Apple, tem multitarefa robusta, com split-screen, Slide Over e até janelas redimensionáveis. Mesmo assim, a empresa nunca sinalizou intenção de levar o recurso ao iPhone, e especialistas acreditam que a decisão é estratégica, já que manter o celular como um dispositivo de uma tarefa por vez pode reforçar a necessidade de se ter um iPad.

7. Carregamento rápido mais lento que outras marcas

Outro tópico polêmico é o carregamento turbo. Enquanto os iPhones permanecem limitados a cerca de 30 W, o mercado Android avança com carregamento rápido muito mais potente, chegando a 68 W, 90 W e até 120 W em algumas marcas. Na prática, isso significa recargas completas em até 40 minutos, enquanto modelos da Apple levam bem mais tempo, mesmo usando carregadores compatíveis. Para Ana Letícia Loubak, editora de Celulares e usuária Apple desde 2023, essa diferença pesa.

“Testo celulares o tempo todo, e vejo marcas investindo bastante na tecnologia de carregamento rápido, desde potências de 45W até de 120W, no caso de alguns modelos chineses. Meu iPhone 15, por outro lado, leva bastante tempo na tomada com o adaptador de 20W. E olha que a Apple nem envia o carregador na caixa!”, afirma.

Entre os modelos com Android, há diversas opções com velocidades muito superiores e autonomia generosa — todas com carregadores de alta potência inclusos. O Realme C63 é compatível com potência de 45 W e atinge 65% de carga em 30 minutos, enquanto o Redmi Note 13 Pro 5G recarrega totalmente em cerca de 44 minutos com seus 67 W. Quem busca mais rapidez encontra alternativas como o Motorola Edge 40 Neo (68 W), o Realme 13+(80 W) e o Redmi Note 14 Pro+, (120 W).

 Divulgação/Realme Chinesa realme desenvolveu carregador de 320 W — Foto: Divulgação/Realme

Para níveis premium de velocidade, o Motorola Edge 50 Ultra domina com absurdos 125 W, levando os 4.500 mAh de 0 a 100% em aproximadamente 18 minutos. Esses modelos mostram que, quando o assunto é recarga, outras fabricantes oferecem soluções significativamente mais eficientes, velozes e completas — todas com carregador incluso. Frente a esse cenário, o iPhone acaba ficando para trás.

8. Custos de reparo elevados

A Apple é conhecida pelos altos custos de reparo. Trocar telas, baterias, traseiras de vidro e câmeras do iPhone sai mais caro que fazê-lo em celulares de outras marcas, e muitas peças só podem ser substituídas por serviços autorizados devido à calibração via software.

Além disso, os iPhones mais recentes têm arquitetura interna que dificulta reparos feitos por terceiros, algo criticado por especialistas em direito ao reparo (right to repair). Relatos mostram que a troca de bateria ou câmera pode gerar mensagens persistentes de “peça não original”, mesmo quando o componente é genuíno.

 Divulgação/Apple Custo elevado de reparo incomoda usuários de iPhone — Foto: Divulgação/Apple

Embora não seja uma demanda de todos os usuários, a falta de sideloading (possibilidade de instalar aplicativos fora da App Store) incomoda, especialmente quem veio do Android. A Apple argumenta que restringir a prática aumenta a segurança, mas críticos consideram a limitação exagerada.

No iOS, apps só podem ser baixados oficialmente pela loja da Apple, garantindo que a empresa receba comissão em compras e assinaturas. A ausência de sideloading reduz liberdade, dificultando a instalação de apps modificados, emuladores e softwares corporativos avançados. Essa é uma reclamação comum em fóruns e redes sociais, além de ser um dos pedidos mais antigos dos fãs.

 Luciana Maline/TechTudo A Apple não permite instalar apps fora da App Store, o que incomoda alguns usuários de iPhone — Foto: Luciana Maline/TechTudo

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