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A força-tarefa do governo para os alimentos ficarem mais baratos

Ainda que a projeção seja mais positiva, é importante considerar que muito da argumentação da Fazenda está pautada no clima, o qual foge do controle de qualquer produtor rural. Vale lembrar o ocorrido em 2024 no Rio Grande do Sul, quando as chuvas excessivas não haviam sido previstas pelos órgãos meteorológicos e refletiram nas áreas produtivas de arroz.

Por enquanto, o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) aponta que o recorde de preços do arroz no país 2024 deve refletir em rentabilidade positiva para o produtor ao longo de 2025. O maior excedente doméstico deve reduzir a necessidade de importação, bem como favorecer as exportações. Além disso, em nível mundial, as condições das lavouras são consideradas boas, o que deve contribuir para uma produção recorde na temporada 2024/25, e corroborar a estimativa positiva do Ministério da Fazenda.

Na semana passada, o preço dos alimentos também movimentou articulações no Congresso. O senador Beto Faro (PT-PA) apresentou o projeto de lei 123/2025, para que o governo considere a variação cambial e as cotações internacionais para definir os preços mínimos de arroz, feijão e mandioca. O PL quer alterar o texto do Decreto-Lei nº 79/1966 e incluir novos critérios para a fixação de preços mínimos.

Segundo a proposta, o cálculo passaria a ser feito a partir dos custos de produção, com ajustes baseados na variação dos preços internacionais e na flutuação do dólar em relação ao real.

Se por um lado, o objetivo de Faro é preservar produtos básicos da alimentação e prevenir agricultores de instabilidades do mercado, por outro lado, a proposta pode representar elevação dos preços mínimos destes alimentos.

"É necessário buscar um meio institucional de sanar esses efeitos erosivos sobre a base produtora desses alimentos nucleares sob pena do agravamento dos riscos para segurança alimentar no Brasil", afirmou Beto Faro, segundo a Agência Senado. O texto ainda não foi encaminhado às comissões temáticas do Senado.

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