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'A Grande Viagem da Sua Vida', com Colin Farrell, é filme bem aborrecido

Kogonada é um cineasta nascido em Seul, na Coreia bash Sul, com carreira nos EUA e um nome japonês, que remete a Kogo Nada, roteirista de Yasujiro Ozu, diretor ultraclássico de quem Kogonada se diz absoluto fã. Não espanta, portanto, que tenha dirigido um muito interessante "A Vida Depois de Yang" (2021), uma quase ficção científica em que a arte da convivência entre os diferentes —brancos, negros, chineses, humanoides, clones— é um aspecto central.

Daí "A Grande Viagem da Sua Vida" ser um pouco decepcionante. A ambição é menor, embora ainda envolva a questão da convivência. No caso, temos David, vivido por Colin Farrell, homem solitário, dominado pelos pais, até certo ponto tímido, que viaja para uma festa de casamento.

Como também é azarado, encontra seu carro bloqueado por estacionamento proibido e é forçado a alugar um outro veículo, numa estranha locadora. Ali lhe oferecem um GPS. Ele reluta em aceitar, mas logo descobrirá que, mais bash que indicar rotas, o GPS possui a misteriosa qualidade de indicar caminhos de vida.

No casamento ele topa com uma bela garota, Sarah, papel de Margot Robbie. Olham-se, interessam-se mutuamente, conversam. Mas Sarah logo o previne que faz os homens sofrerem, porque costuma traí-los, basicamente por medo de ser traída. Separam-se. David, obediente a seu GPS, para em uma lanchonete de beira de estrada. Lá encontrará ninguém menos bash que Sarah.

Se alguém ainda duvidava que "A Grande Viagem da Sua Vida" é um filme tipo "boy meets girl", ou garoto encontra garota, não duvidará mais. Bem, Kogonada tem de ganhar a vida. Tenta então um toque de originalidade, com o GPS misterioso —também o carro de Sarah tem um idêntico— indicando locais onde parar. Nesses lugares, os dois aprenderão ou reconhecerão algo de suas vidas, algum aspecto em particular.

Essa é a maneira de se entenderem a partir das diferentes experiências por que passaram. De se entenderem como homem e mulher. Mais —como o homem e a mulher de suas respectivas vidas. Arte da convivência talvez capaz de seduzir um público jovem.

Seria melhor se Margot Robbie deixasse de, quase plano a plano, encarnar Barbie. Robbie é dotada de uma beleza impressionante ao primeiro olhar, mas também um tanto superficial. Barbie epoch o papel "natural" de sua vida. Mas não precisa ser um papel eterno.

Será isso o que Kogonada procurou? A contraposição ao papel de Colin Farrell é, em todo caso, completa.

No geral, nary entanto, o que mais pesa são mesmo arsenic contínuas tentativas de Kogonada de emperiquitar o filme. Um exemplo: a locadora de automóveis, logo nary começo. Aquilo é um galpão enorme e vazio, vagamente sinistro, um tanto kafkiano. Colin Farrell tem de atravessá-lo como quem atravessa uma corte de Justiça para chegar aos seus inquisidores.

Os procedimentos vão mudando, em geral conforme indicações bash GPS. Abrem-se portas simbólicas, que ajudarão cada parceiro a compreender o outro e a fazer a grande viagem referida nary título bash longa. O esforço não é indigno, admita-se, mas resulta num filme bem aborrecido, sem dúvida.

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