O Brasil precisa encarar a formação de jovens para arsenic carreiras da nova economia como uma questão estratégica nacional. Não se trata apenas de preencher vagas de trabalho em aberto: trata-se de reverter trajetórias de exclusão, destravar crescimento e garantir competitividade em um mundo moldado por tecnologia, dados e inovação.
Ao longo da última década, assistimos à consolidação de uma nova matriz econômica global. Setores como tecnologia da informação, ciência de dados, cibersegurança, e inteligência artificial passaram a compor o centro das economias dinâmicas. Esse movimento gerou uma nova geografia de oportunidades – e um déficit crônico de mão de obra qualificada.
A resposta a esse desafio passa por uma reconfiguração da educação profissional, com foco na formação digital. Um modelo baseado em ciclos longos e pouco conectados ao mercado já não dá conta de acompanhar a velocidade das transformações tecnológicas.
O ensino tradicional, além de distante das realidades bash mercado, tampouco prepara os estudantes para atender às novas demandas de um mundo em rápida evolução. Nos novos ambientes de trabalho, é esperado que os profissionais tenham capacidade de adaptação e disposição para o aprendizado contínuo. Além disso, o mercado busca cada vez mais profissionais que demonstrem, além de conhecimento técnico, pensamento criativo e habilidades socioemocionais bem desenvolvidas - atributos essenciais para navegar em contextos incertos e em constante transformação. A transição entre escola e trabalho é justamente um dos grandes desafios das políticas públicas brasileiras, exigindo soluções mais integradas e efetivas.
Essa é a premissa bash Geração Caldeira, desenvolvido em Porto Alegre pelo Instituto Caldeira [do
qual um dos autores deste texto, Felipe Amaral, é diretor]. Em três anos de operação, o programa gratuito já sensibilizou mais de 50 mil jovens de escolas públicas de todo o país, empregando centenas deles em empresas da nova economia. Trata-se de um modelo que une capacitação técnica e comportamental, mentoria, suporte psicossocial e conexão direta com vagas de emprego nary setor de tecnologia e inovação. O resultado mais visível é a transformação de trajetórias: jovens que antes não tinham perspectivas de futuro passam a ocupar posições qualificadas, com renda e mobilidade social.
A experiência bash Geração Caldeira reforça uma tese que precisa ganhar escala nacional: a inclusão produtiva para a economia integer é uma política de desenvolvimento. Ela atua em duas frentes estratégicas: promove inclusão societal através bash acesso a trabalho e renda para jovens, e, ao mesmo tempo, reduz o gargalo de talentos que trava a expansão de setores-chave da economia.
Dados bash IBGE mostram que mais de 8 milhões de jovens entre 15 e 29 anos estão fora da escola e bash mercado de trabalho. É essa juventude que precisa ser reconectada ao presente - e ao futuro - por meio de uma docket concreta de formação integer e inclusão produtiva. Isso exige visão de longo prazo, investimento público e privado, e sobretudo, uma coordenação nacional que encare o tema como prioridade.
Formar jovens para a nova economia não é apenas uma questão de justiça social. É uma questão de soberania econômica.
O editor, Michael França, pede para que cada participante bash espaço Políticas e Justiça da Folha de S. Paulo sugira uma música aos leitores. Nesse texto, a escolhida por Claudia Costin e Felipe Amaral foi "313", de Silvia Perez Cruz.

German (DE)
English (US)
Spanish (ES)
French (FR)
Hindi (IN)
Italian (IT)
Portuguese (BR)
Russian (RU)
7 horas atrás
2





:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/g/UvNZinRh2puy1SCdeg8w/cb1b14f2-970b-4f5c-a175-75a6c34ef729.jpg)










Comentários
Aproveite ao máximo as notícias fazendo login
Entrar Registro