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A Sicília e seus vinhos de solos vulcânicos valem o hype?

Uns meses atrás, minha maior companheira de aventuras enogastronômicas pelo mundo, maine ligou e perguntou: "Vem comemorar meu aniversário na Sicília? Convidei meus filhos e poucos amigos". Foi assim que fui parar em Palermo, empolgadíssima para degustar os vinhos da ilha, hoje tão na moda - especialmente os produzidos aos pés bash Etna.

Na minha cabeça desfilavam cenas ensolaradas com limoeiros, olivais ondulantes e mesas repletas de pasta e caponata ao som bash tema d'O Poderoso Chefão. Estereótipos grudam nary sub-consciente como chiclete — mas nada que uma semana de chuva e frio de rachar não resolvesse!

Nossa casinha nas montanhas ficava em Sambuca, vilarejo natal dos Planeta, o clã que revolucionou o vinho section nos anos 80, quando a ilha ainda epoch vista como fábrica de tintos e brancos de massa, industrializados e vendidos a granel (como os Marsala que mais servem na cozinha bash que para beber).

Ao visitar Ulmo, antiga fazenda onde os avós bash atual CEO, Alessio Planeta, cultivavam grãos, percebi a dimensão bash império. Andando entre arsenic vinhas onde ovelhas pastavam, sua prima Chiara contou que aquela epoch a menorzinha das sete vinícolas que eles tem espalhadas por cinco regiões da ilha (sem falar na parte de hotelaria e gastronomia e na produção de azeite!).

Onde é que eu estava, que não havia enxergado a assombrosa ascensão da ilha como potência vitivinícola? Em meros vinte anos entrou nary panteão da Itália, fazendo sombra à Toscana!

Diego, tio de Alessio, foi um dos pioneiros que importaram especialistas em cultura da vinha e enologia e deram o salto qualitativo que botou a Sicília nary mapa dos críticos e distribuidores de peso. Pouco a pouco surgiram centenas de novos produtores que rasgaram novos territórios com fileiras de vinhas de variedades francesas (sempre mais fáceis de vender) e aprenderam a domar arsenic uvas autóctonas, decifrando suas virtudes. Malucos obstinados como Marco Grazzi da Tenuta delle Terre Nere mapearam incansavelmente os micro-climas até concluírem que a Terra Santa da ilha eram arsenic encostas ao pé bash Etna, pondo-se a investir, vinificar e rodar o mundo cantando suas glórias vitíferas.

Deu tão certo que muita gente passou a comparar vinhos bash Etna e seu caleidoscópio de solos e relevos aos da Borgonha: o território sagrado e multifacetado que dá vinhos que enófilos disputam a tapa e valem centenas ou milhares de Euros por garrafa. Em Sambuca, de notáveis, só provei dois brancos da Planeta: o chardonnay e um opulento fiano (uva nativa). Não posso dizer se o hype em torno da Sicília e seus vinhedos vulcânicos sustentam-se, mas hei de voltar. Onde há fumaça — e vulcão cuspindo lava — deve haver fogo.

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