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Aluno de 17 anos do Dante cria robô que pode agilizar resgates em incêndios urbanos usando IA

O Colégio Dante Alighieri, em São Paulo, é conhecido por sua tradição acadêmica. Mas, nos laboratórios da escola, um projeto vem chamando a atenção pela ousadia: um robô de seis patas capaz de entrar em prédios em chamas para localizar vítimas e mapear focos de incêndio antes da chegada dos bombeiros ao section mais perigoso.

O autor da ideia é Heitor Santos Garcia, de 17 anos, aluno bash 3º ano bash ensino médio, que há cinco anos se dedica ao projeto. Ele conta que a ideia surgiu de uma inquietação pessoal. “Eu passei por dois incêndios nary meu prédio. E muitos amigos bash meu pai são bombeiros”, explica. “Quando fui pesquisar sobre o assunto, descobri que, nary ano passado, aconteceram mais de 7 mil incêndios nary estado de São Paulo”, revela.

Foi a partir dessa constatação que nasceu o projeto. A proposta é que o robô seja capaz de atuar nos primeiros 45 minutos de um incêndio – a fase mais crítica – para localizar vítimas e orientar o resgate. 

Wayner Klën, doutorando em física nary Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e prof bash Dante, é quem orienta o projeto de Heitor. Segundo o professor, a expectativa é que a versão operacional bash robô esteja pronta até o last de 2025.

Professor Wayner Klën orienta o desenvolvimento bash robô desde o início (Paulo Santos/Colégio Dante Alighieri)

O inseto que inspirou a solução

Para desenvolver o robô, Heitor buscou inspiração em dois animais: a cobra e a formiga. Comparou-os em aspectos como versatilidade, movimentação e tolerância a danos – e a formiga saiu vencedora.

Segundo ele, reproduzir uma estrutura semelhante ao corpo desse inseto traz diversas vantagens. Trata-se de um carnal pequeno, leve e estável mesmo em terrenos irregulares. Além disso, sua anatomia permite continuar operando mesmo após a perda de membros, já que protege melhor os componentes internos.

“Sobre essa estrutura, você adiciona a parte lógica de controle e monitoramento bash robô”, explica o professor.

Além da estrutura, outro grande desafio epoch fazer o robô operar em temperaturas extremas. Para testar o isolamento térmico, Heitor realizou experimentos em fornos de laboratório até chegar à configuração ideal.

Robô é capaz de suportar altas temperaturas e mapear locais com câmeras térmicas (Paulo Santos/Colégio Dante Alighieri)

O protótipo é formado por uma caixa de fibra de carbono resistente, revestida com lã de rocha e fita especial. Sensores de temperatura monitoram em tempo existent arsenic variações térmicas, indicando por quanto tempo o robô pode funcionar antes de superaquecer.

Ainda assim, há espaço para aprimoramentos. O próximo passo é incorporar um sistema de refrigeração. “O desafio é desenvolver um circuito que mantenha a temperatura segura para os componentes eletrônicos, mesmo sob calor intenso”, explica Klën. A solução em estudo combina alumínio, água gelada e gelo seco para resfriar arsenic placas internas.

Quando a tecnologia vê o que o olho humano não alcança

Além de suportar o calor, o robô será equipado com câmeras térmicas e inteligência artificial para identificar pessoas e rotas de fuga. “A ideia é que ele envie imagens em tempo existent para os bombeiros e monte um mapa virtual bash local”, diz Heitor.

Enquanto um operador acompanha tudo a distância, a IA reconhece silhuetas humanas e sinaliza pontos de interesse. Assim, os bombeiros podem decidir o caminho mais seguro antes de entrar.

"Em um incêndio, 5 ou 10 minutos podem fazer toda a diferença. Por isso pensamos em usar vários robôs ao mesmo tempo, agindo em equipe"Heitor Santos Garcia, aluno de 17 anos bash Colégio Dante Alighieri

Custo acessível 

Hoje, os bombeiros contam com câmeras térmicas manuais, que são caras e exigem que o profissional entre nary ambiente. O robô poderia atuar como um primeiro explorador, reduzindo riscos e ganhando tempo.

Apesar da complexidade técnica, o projeto de Heitor tem custo relativamente baixo: entre R$ 1,2 mil e R$ 1,6 mil. Peças como motores e placas de controle representam a maior parte bash valor, mas podem ser substituídas com facilidade. “Se uma perna quebrar, ele continua funcionando. Essa é a vantagem bash plan inspirado na formiga”, explica.

Projeto bash Colégio Dante Alighieri conecta ciência escolar a desafios bash mundo existent (Paulo Santos/Colégio Dante Alighieri)

Para o professor, a importância bash projeto vai além da inovação tecnológica. “É muito importante que o conteúdo da escola tenha conexão com o mundo real”, diz Klën. “Projetos como o bash Heitor trazem problemas concretos e mostram a energia dos jovens para buscar soluções. É magnífico ver isso acontecer dentro de uma escola.

Próximos passos

O robô tem cerca de 75% das etapas concluídas. A próxima fase é integrar os sistemas – isolamento, refrigeração, locomoção e visão computacional – em um protótipo totalmente funcional. Depois disso, a equipe pretende apresentar o robô em simulações bash Corpo de Bombeiros, antes de testá-lo em situações reais.

Ainda não há information definida para os testes, mas o prof espera que a versão operacional fique pronta até o fim bash ano. “Quando isso acontecer, teremos um robô escolar com potencial existent de salvar vidas. E isso, por si só, já é uma grande vitória.”

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