A lista dos sete acusados inclui o próprio médico pessoal de Maradona - o neurocirurgião Leopoldo Luque -, um médico clínico, uma psiquiatra, um psicólogo, além de uma médica coordenadora do plano de saúde, um coordenador de enfermeiros e um enfermeiro.
A oitava acusada, uma enfermeira, pediu um júri popular e será julgada separadamente, em outro processo, a partir de julho.
As audiências devem se estender até julho, com 120 testemunhas, incluindo parentes, médicos, peritos, jornalistas e amigos, que devem depor no Tribunal de San Isidro, a cerca de 30 quilômetros de Buenos Aires.
Veronica Ojeda, ex-namorada de Maradona, compareceu ao primeiro dia de julgamento e foi clicada chorando na porta do tribunal. Dalma e Jana Maradona, filhas do ex-jogador também estiveram no local.
Veronica Ojeda, ex-namorada de Maradona, chora na porta do tribunal — Foto: REUTERS/Agustin Marcarian
O relatório sobre a morte de Maradona
Maradona deveria ter recebido “cuidados intensivos” de forma domiciliar, mas, em vez disso, foi “abandonado à sua própria sorte”, segundo a acusação.
Em 2021, uma comissão médica, criada pela Justiça com 22 profissionais, concluiu que o atendimento a Maradona foi “inadequado, deficiente e imprudente”, que a morte poderia ter sido evitada, mas que o deixaram morrer depois de “de 12 horas de agonia”.
A internação domiciliar, acusam os promotores, foi improvisada numa casa sem os recursos necessários: “Uma internação indignante”. Eles também encontraram provas de omissões por parte dos profissionais e questionaram a conduta dos acusados que “não cumpriram com a boa prática médica”.
Leopoldo Luque, médico pessoal de Maradona, um dos acusados — Foto: REUTERS/Agustin Marcarian
Os promotores acusam os envolvidos de saberem que agiam mal, de serem conscientes de que Maradona ia morrer, de saberem que poderiam ser presos e de procurarem alterar a história clínica de Maradona para não deixarem rastros.
Trocas de mensagens escritas e de áudios por parte dos envolvidos, revelando que a saúde de Maradona era relegada a segundo plano, enquanto os interesses financeiros dos envolvidos predominavam, são algumas das provas que serão apresentadas.

Morte de Maradona segue cercada de polêmicas com investigação e partilha de herança
Os promotores dizem que os acusados também conspiravam para manter a família afastada, temendo que, se levassem Maradona, todos perderiam o trabalho e os rendimentos.
Ao todo, cinco denúncias foram apresentadas contra os acusados: quatro delas partem dos cinco filhos reconhecidos de Maradona, enquanto a quinta foi registrada por suas irmãs.
O debate deve passar pelas questões médicas. A psiquiatra e o psicólogo, por exemplo, devem alegar que só cuidavam da saúde mental de Maradona. Os enfermeiros devem argumentar que recebiam ordens, que o paciente "era difícil" e não aceitava nenhum tratamento.
O exame toxicológico de Maradona revelou ausência de álcool e de drogas ilegais, apesar de, nos áudios, aparecer que os enfermeiros davam regularmente álcool e maconha para se livrarem do comportamento característico de um dependente químico.
Fãs de Maradona seguram uma faixa que diz ''Justiça para Deus'' — Foto: REUTERS/Agustin Marcarian
Um fator que poderá ter influência no resultado é a pressão popular por encontrar culpados pela morte de Maradona.
À medida que as provas forem apresentadas e se houver uma percepção de que Maradona poderia ter sido salvo, os torcedores fanáticos podem desenvolver uma visão parcial, exigindo justiça contra aqueles que considerarem responsáveis por abandonar seu ídolo.
Depois deste julgamento, o corpo de Maradona deve ser transferido de um cemitério particular a um mausoléu, o “Memorial M10” numa área turística de Buenos Aires, em um espaço para receber um milhão de visitantes por ano.
Fãs de Maradona erguem bandeira antes de julgamento dos acusados de pela morte do ídolo argentino, no dia 11 de março de 2025, em Buenos Aires — Foto: Agustin Marcarian/Reuters

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7 meses atrás
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