Em resposta, a guarda revolucionaria iraniana afirmou que o atentado é um ato "racional e legítimo", diante dos assassinatos dos chefes do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e do Hamas, Ismail Haniyeh, e à invasão do Exército israelense ao Líbano, na segunda-feira (31). 
     O comentarista Guga Chacra, da GloboNews disse que o ataque de Irã contra Israel pode ser encarado como "desespero", por conta dos suscetíveis ataques de Israel. Esse ataque acontece em um momento em que o Irã está fragilizado, diante das derrotas. 
      “Israel vem ganhando esse conflito claramente contra os iranianos. O Irã decidiu realizar esse ataque em um momento em que ele está fragilizado. O Hezbollah de hoje não é aquele de um ano atrás. Está extremamente enfraquecido, foi decapitado o grupo e perdeu boa parte do seu arsenal. O Irã ataca até por um desespero, e antecipando o que talvez seria um ataque por Israel", declarou Guga. 
             'O ataque que o Irã faz contra Israel é um ato de guerra', afirma Danielle Ayres 
          Para Danielle Ayres, especialista em política internacional na Universidade Federal de Santa Catarina, o ataque que o Irã fez contra Israel já pode ser considerado um ato de guerra. 
     "Uma coisa é clara, o ataque do Irã contra Israel é um ato de guerra. Por mais que seja uma resposta a morte do líder do Hezbollah, o Hassan Nasrallah, que era um líder que estava dentro de um território que não era do Irã, era do Líbano. Você não retalia ou faz um ataque contra o território de outro país porque um aliado foi atacado. Isso já foi elevado para a guerra", comentou. 
                Daniel Souza: "A chance de Israel retaliar esse ataque iraniano me parece bastante grande" 
          O comentarista Daniel Souza também avaliou que, mesmo com o ataque, o regime iraniano não parece querer uma guerra aberta com Israel. 
     "Me chamou atenção do regime iraniano dizendo que está preparado caso Israel retalie esse lançamento de mísseis. Me parece que o subtexto é que o 'Irã não está em guerra a Israel' ainda. Ou seja, [na visão do Irã] se Israel não retaliar, 'nós podemos buscar uma estratégia para desescalar'. Me parece que o regime iraniano não tem interesse de uma guerra aberta. Ele se sentiu pressionado a fazer alguma coisa dentro do contexto quando o Hezbollah estava sendo atingido e o regime iraniano ficava desmoralizado", explicou. 
      * Estagiária sob supervisão de Ricardo Gallo 
     
                                            
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