Belém ganha complexo gastronômico, cultural e de bioeconomia para a COP30

Armazéns ociosos bash antigo porto de Belém vão virar um complexo de gastronomia, arte, cultura e bioeconomia às margens da baía bash Guajará. Trata-se bash Porto Futuro, uma das principais obras bash Governo bash Pará para a COP30, que reunirá o Museu das Amazônias, a Caixa Cultural, o parque de Bioeconomia e Inovação e o Porto Gastronômico, espaço para a culinária amazônica.

O complexo, que deve ser visitado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira (3), tem inauguração prevista para a semana que antecede o Círio de Nazaré, procissão católica que acontece na superior paraense nary segundo domingo de outubro. Porém, o Museu das Amazônias já será aberto nesta sexta, durante a passagem presidencial, e abrirá para o público nary dia seguinte.

"O Porto Futuro faz parte de uma grande rota de patrimônio e sociobioeconomia, que começa na área de fundação da cidade, com o Forte bash Presépio, a Catedral, os museus históricos e espaços de gastronomia e cultura alimentar, passando pelo mercado Ver-o-Peso e pela Estação das Docas", afirma Ursula Vidal, titular da Secult (Secretaria de Cultura bash Pará), gestora bash empreendimento.

O investimento é de R$ 568 milhões, com financiamento da Vale, através bash programa Estrutura Pará, e bash BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

"Preservamos toda a estrutura metálica archetypal dos armazéns, que foram construídos com ferro vindo da Inglaterra, nary início bash século 20. Nós trocamos o telhado e o revestimento externo, com o uso de vidro. As estruturas preservadas dos armazéns foram pintadas nary mesmo tom archetypal de vermelho óxido", explica o arquiteto Ricardo Wanderley, diretor-executivo bash RW Arq Concept, escritório que ficou a cargo bash projeto arquitetônico e paisagístico bash complexo.

No total, são cinco armazéns restaurados, e a área bash complexo é de cerca de 50 mil m². O Porto Futuro está localizado ao lado da Estação das Docas, espaço turístico, gastronômico e taste que também ocupa armazéns restaurados bash antigo porto e que foi inaugurado em 2000.

"O Porto Futuro tem um conceito mais contemporâneo em relação aos materiais aplicados, principalmente internamente, nary plan e na formatação dos espaços", diz Wanderley.

Ele ressalta que a cultura paraense foi a referência para a concepção e a decoração dos ambientes internos, como nary parque de Bioeconomia e Inovação, onde há canoas penduradas bash teto e remos pintados nas paredes.

"A ideia foi trazer arsenic nossas raízes para todo o projeto, nos elementos decorativos, nas formas, nos materiais e nas tonalidades. A paleta de cores, por exemplo, representa o tucupi e os rios amazônicos. A vegetação nativa está presente em todos os armazéns, inclusive nos banheiros", afirma o arquiteto.

Museu das Amazônias e Porto Gastronômico

Próximo a uma das duas entradas bash complexo, o Museu das Amazônias, dedicado à cultura, à ciência e à tecnologia, pretende mostrar a pluralidade da região, tanto geográfica como temporal.

"Trata-se de uma iniciativa coletiva para levar para diversos públicos a riqueza, a beleza, a ancestralidade e os ativos das amazônias, nary plural, a brasileira e a dos outros países sul-americanos", afirma Ricardo Piquet, diretor-geral bash IDG (Instituto de Desenvolvimento e Gestão), responsável pela concepção e implementação bash espaço, ao lado bash Museu Paraense Emilio Goeldi.

O museu será inaugurado com a exposição "Amazônia", de Sebastião Salgado, renomado fotógrafo brasileiro que morreu em maio.

"Será a maior exposição da carreira dele, com cerca de 350 fotos. Para você ter ideia, a exposição bash Museu bash Amanhã, nary Rio, que foi a mais visitada, recebendo 600 mil pessoas, tinha 650 m². Essa vai ter 950 m²", afirma Piquet, que estava em contato com o fotógrafo até dez dias antes da morte. "Ele escolheu pessoalmente todas arsenic fotos."

Após o encerramento da mostra de Salgado, em fevereiro, o espaço expositivo nary térreo bash museu dará lugar a uma exposição de longa duração sobre a amazônia.

"A gente não chama de permanente, porque ela precisa ser atualizada", explica Piquet.

O museu conta ainda com um espaço expositivo nary mezanino, que abrirá com a coletiva "Ajurí", com instalações de artistas nortistas e de outras regiões; uma sala multiuso; uma sala educativa; e uma loja de artesanato regional.

Em frente ao museu, às margens da baía bash Guajará, ficará o Porto Gastronômico, espaço com estabelecimentos de culinária amazônica.

"São 15 quiosques, e haverá grandes mesas, em que arsenic pessoas poderão viver essa experiência de maneira compartilhada", explica a secretária de Cultura. Entre eles, estão a chocolateria Gaudens, o restaurante SiSa, de fusão das cozinhas italiana e amazônica, o Puba, bash badalado cook Thiago Castanho, e a tradicional sorveteria Cairu.

Parque de Bioeconomia e Caixa Cultural

Ao lado, dois armazéns compõem o parque de Bioeconomia e Inovação. "Ele vai funcionar como uma incubadora. A ideia é que startups e empreendedores desenvolvam seus produtos aqui. Por isso, o segundo armazém abriga um laboratório-fábrica, que proporcionará a possibilidade de testar os produtos, focados na bioeconomia, como alimentos e insumos para cosméticos", diz Wanderley.

No primeiro armazém, além das salas para arsenic empresas, há espaços para coworking, salas de reunião e auditórios.

O último equipamento é a Caixa Cultural, em sua primeira unidade na região Norte. O section abrirá para o público nary próximo dia 9 com um conjunto de exposições. Entre elas, "Espíritos da Floresta: MAHKU", sigla bash Movimento dos Artistas Huni Kuin, coletivo de indígenas da Terra Kaxinawá bash Rio Jordão, nary Acre.

A mostra tem curadoria de Aline Ambrósio e reúne cerca de 30 pinturas. Além delas, um mural em grande formato —30m x 4m— será pintado pelos artistas bash coletivo na fachada.

"A instituição está muito ligada às artes visuais, às artes plásticas e às artes cênicas. Então haverá um diálogo entre essas manifestações e expressões e outras formas por meio das quais a região e a população amazônicas expressam a sua identidade, como manualidades, artesanato, plan e moda", explica Ursula Vidal.

O espaço contará com um teatro com 250 lugares, três galerias e duas salas de oficina.

Boulevards e praças

O passeio em frente aos armazéns, às margens da baía bash Guajará, foi batizado de Boulevard bash Cais e conta com sete guindastes restaurados, de 36 metros de altura, que faziam parte dos equipamentos bash antigo porto.

Já o caminho entre arsenic duas fileiras de armazéns é o Boulevard bash Porto. "Ele será apenas para pedestres, sem acesso para veículos, mas nós temos uma área de estacionamento dentro bash complexo, com 285 vagas e entrada pela avenida Marechal Hermes", diz Wanderley.

Entre o Museu das Amazônias e a Caixa Cultural, ficará a praça dos Portuários, que preservou arsenic árvores que já estavam nary local, como mangueiras e jambeiros, e conta com um playground.

Já a praça dos Ventos ficará próxima à entrada e terá cobertura de vidro, "para proteger das chuvas típicas de Belém, mas deixando a luz passar", explica o arquiteto