Agora é a hora para autocrítica da esquerda. Crítica capaz de se traduzir em reformas políticas, capazes de reformar completamente o fetiche do partido, recuperar sua ligação com movimentos sociais, criar transparência no uso do financiamento público, aumentando a representação de negros, mulheres e indígenas, incentivando boas práticas digitais. Sem isso, o bolsonarismo jamais será reduzido a um fenômeno residual e a tentação do condomínio miliciano nunca será abandonada.
Chegou a hora de colocar uma a uma, na bancada da universidade e no escrutínio da razão, as tolices que ouvimos sobre vacinas, família, economia, direito e política externa nos últimos anos. Neste ponto é preciso buscar inspiração nas iniciativas de desnazificação, nos julgamentos exemplares e na renovação radical de nosso projeto educacional, incluindo conteúdo curricular sobre política e história, gêneros e diversidade, economia e comissão da verdade. Matérias obrigatórias no próximo Enem.
Um pacto de renovação democrática depende de uma nova distribuição de bens simbólicos, como por exemplo acesso ao trabalho e cultura. Isso inclui redução de jornadas de trabalho e facilitação de mobilidade entre empregos formais.
O trabalho não é apenas fonte de renda, ele tem uma função civilizatória, como a cultura e a educação. Para tanto será preciso reconhecer a má distribuição do direito ao trabalho, no qual poucos trabalham demais (principalmente em serviços precarizados) e muitos não têm sequer emprego mínimo (especialmente os periféricos).
Incluir não é decretar convivência, mas mediar sua realização. Encontramos aqui, mais uma cada vez a função do cuidado. Ele cria lugares simbólicos de pertencimento, lugares como cozinhas coletivas, centros de produção cooperativa, permanências universitárias, escolas capazes de praticar cuidado real de crianças e jovens.
O empreendimento corrosivo de si mesmo, a disciplina moral das religiões de resultado ou a perspectivação do futuro baseado em consumo e endividamento geram engajamento sem cuidado. Comprovadamente deu errado. Será preciso retirar novamente o Brasil do mapa da fome e da miséria, desta vez de modo sustentável e ecologicamente viável.

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1 ano atrás
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