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Cadê o suco integral? Por que oferta da bebida ficou mais escassa e cara

"Foi um ano muito complicado para todas as frutas", afirma Paulo Edson Pratinha Alves, conhecido como "Paulo Pratinha", presidente do Conselho de Administração da Sucos BR, entidade que representa indústrias de suco integral.

"A seca do segundo semestre de 2023 afetou não só a produção de laranja da safra 2024/25, mas da maioria das frutas. Afetou uva, manga, caju, fazendo com que o preço dos sucos de frutas em geral subisse, tanto no Brasil como fora", acrescentou Pratinha, que também é diretor da paranaense Prat's.

Tanto as produções de laranja como de uva, base de mais de 90% dos sucos integrais comercializados no país*², foram reduzidas em quase 25% na safra 2024/25 na comparação com a anterior. A de laranja chegou a 230,9 milhões de caixas da fruta, bem distante dos 307 milhões um ano antes, segundo a associação Fundecitrus.

No caso da uva, a safra do Rio Grande do Sul, principal fornecedor da fruta à indústria, sofreu uma quebra de 24% ante a anterior, chegando a quase 765,4 mil toneladas, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Empresas instaladas no estado de São Paulo ainda tiveram custos inflados devido à não renovação, neste ano, de um benefício fiscal que reduzia a alíquota do ICMS de 18% para 3%. O governo estadual chegou a diminuir o imposto de 18% para 12%, mas não renovou o crédito outorgado que baixava a cobrança para 3%. A medida "impactou e muito" o setor ao elevar em quatro vezes a carga do ICMS, segundo Pratinha.

Não bastasse a tempestade doméstica, a oferta local também enfrentou a concorrência de consumidores do exterior, já que a produção do estado americano da Flórida, grande fornecedor da fruta para a indústria local de suco, caiu mais de 30% na última safra, impulsionando as cotações internacionais do suco de laranja concentrado congelado.

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