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Calçados: feiras abrem novos negócios no exterior, mas tarifaço ainda dói

Deu certo? São contratos, pedidos e milhões de pares de sapatos atravessando fronteiras. A estratégia resolve todos os problemas? Não, nem poderia. A promoção comercial é uma espécie de airbag industrial. Não evita o acidente, mas contém danos. A forte presença do Brasil no varejo americano, onde calçados fabricados aqui são vendidos customizados para grandes redes, foi resultado de décadas de relações comerciais, desde julho prejudicadas pelo protecionismo.

Desde a imposição das tarifas, exportar calçados para o mercado americano virou um exercício de resiliência: dá para vender, mas quase sempre abrindo mão de margem. Às vezes, de volume. Às vezes, dos dois.

Os efeitos apareceram onde sempre aparecem primeiro: no emprego. Em outubro, o setor fechou 1.650 vagas - o pior resultado para o mês em uma década. O número total de empregos diretos caiu para cerca de 294 mil. E a Abicalçados estima que, se nada mudar, mais 8 mil postos podem desaparecer em 2026.

Mesmo assim, os Estados Unidos seguem relevantes. Feiras como Magic Las Vegas, Magic Nova York e Atlanta Shoe Market mantiveram o produto brasileiro visível no mercado americano.

As exportações até cresceram pontualmente em outubro, mas ficaram quase 32% abaixo da média histórica do mês. O crescimento veio com desconto. Literalmente.

Feiras internacionais funcionaram bem para o setor. Amorteceram parte do impacto do tarifaço. Compraram tempo. Abriram novas portas.

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