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Casal tentou impedir atirador durante atentado em praia na Austrália; VÍDEO

Boris Gurman, de 69 anos, e sua esposa Sofia, de 61 anos, tentaram intervir para tentar proteger outras pessoas antes de serem baleados, mas acabaram sendo mortos durante a ação, segundo a família, que confirmou a morte do casal em comunicado nesta terça-feira (16).

A ação do casal foi registrada por uma câmera de para-brisas de uma moradora de Sydney, que postou o vídeo em uma rede social chinesa. As imagens mostram o momento em que Boris, vestindo uma camisa roxa, derrubou o atirador enquanto ele saía do carro. No entanto, ele não consegue tomar a arma do homem e, em seguida, é baleado junto com a esposa. (Veja no vídeo acima)

“Heróis civis assim não devem ser esquecidos”, escreveu a mulher na publicação.

Nesta terça-feira (16), autoridades das Filipinas e da Índia anunciaram estar contribuindo com a investigação aberta pela Austrália para apurar informações sobre os atiradores.

Quem é o 'herói' que desarmou atirador na Austrália

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A polícia da Austrália afirmou em coletiva que os autores do atentado tinham ideologia extremista e se inspiraram no Estado Islâmico (EI) —um grupo extremista jihadista, originado no Iraque e na Síria, que reivindica responsabilidade por ataques terroristas em diversos pontos do mundo. O carro dos suspeitos continha duas bandeiras do EI feitas à mão. O governo australiano acredita, no entanto, que os atiradores de Sydney agiram por conta própria.

Durante o ataque, os atiradores entraram em confronto com a polícia e o mais velho foi morto por policiais. O atirador mais jovem foi levado ao hospital em condição crítica e acordou de um coma nesta terça-feira.

O Departamento de Saúde do estado de Nova Gales do Sul afirmou nesta terça-feira que 22 vítimas do ataque ainda estão hospitalizadas. Nove delas estão em condição crítica, porém seis estão estabilizados.

Atiradores em Bondi Beach, na Austrália — Foto: AFP

Tiroteio na praia de Bondi, na Austrália.

Tiroteio na praia de Bondi, na Austrália.

'Herói genuíno' desarmou assassino de praia em Sydney, diz autoridade australiana

'Herói genuíno' desarmou assassino de praia em Sydney, diz autoridade australiana

Dois homens, que eram pai e filho, estacionaram seu carro no domingo perto da praia de Bondi e abriram fogo contra pessoas presentes em uma celebração do primeiro dia do Hannukah. O local é um dos mais turísticos da metrópole australiana.

O pai, um homem de 50 anos, tinha licença para armas e morreu em confronto com as autoridades. Já o filho, de 24, foi detido com ferimentos graves, mas sua situação é estável.

Durante uma coletiva de imprensa, o comissário da polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon, classificou o evento como um "incidente terrorista".

O Jerusalem Post informou que um de seus colaboradores, Arsen Ostrovsky, chefe do escritório de Sydney do Australia/Israel & Jewish Affairs Council, também ficou ferido.

O Itamaraty disse que, até o momento, não há informação sobre vítimas brasileiras.

Mal Lanyon disse que a polícia concluiu que não houve participação de um terceiro suspeito. 40 pessoas foram atendidas em diversos hospitais de Sydney, incluindo dois policiais.

Ainda durante a coletiva, o primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Chris Minns, disse que "o ataque foi planejado para atingir a comunidade judaica de Sydney, no primeiro dia do Hanukkah".

"É a cena mais inacreditável que já vi: um homem se aproximando de um atirador que havia disparado contra a comunidade e, sozinho, o desarmando, colocando sua própria vida em risco para salvar a vida de inúmeras outras pessoas", disse Minns.

O homem que desarmou o atirador foi atingido por dois disparos, um no braço e outro na mão, mas se recupera bem no hospital, segundo um parente, disse o jornal "Guardian". Ele tem 43 anos e é vendedor de frutas.

No Reino Unido, a polícia vai reforçar o policiamento em comunidades judaicas após o ataque na Austrália. O Hanukkah, o festival judaico das luzes, começa na noite de domingo, com celebrações previstas em todo o Reino Unido nos próximos dias.

Mike Burgess, diretor-geral da inteligência australiana (ASIO) disse que a agência está analisando a identidade dos atiradores e se existe “alguém na comunidade que tenha intenção semelhante”.

“É importante ressaltar que, neste momento, não temos qualquer indicação disso, mas trata-se de algo que está sendo investigado ativamente”, afirmou.

Segundo ele, o nível de ameaça terrorista na Austrália permanece como "provável". “Não vejo isso mudando neste estágio. Provável significa que há 50% de chance de um ato terrorista. Infelizmente, vimos esse ato horrível ocorrer hoje à noite na Austrália.”

A polícia australiana acrescentou que um "objeto que se acredita ser um artefato explosivo" foi retirado de um carro próximo à praia.

“Uma série de itens suspeitos localizados nas proximidades está sendo examinada por agentes especializados, e uma área de exclusão foi estabelecida”, informou a polícia de Nova Gales do Sul em comunicado divulgado às 21h (no horário da Austrália).

Local do ataque a tiros em Sydney, na Austrália. — Foto: Arte/g1

Tiroteio em Bondi Beach, na Austrália

Tiroteio em Bondi Beach, na Austrália

Mortes em ataques a tiros em massa são extremamente raras na Austrália. Um massacre ocorrido em 1996 na cidade de Port Arthur, na Tasmânia — quando um atirador matou 35 pessoas — levou o governo a endurecer drasticamente as leis sobre armas, tornando muito mais difícil para os australianos adquirirem armas de fogo.

Gramado próximo à praia de Bondi, na Austrália, após tiroteio — Foto: Australia Broadcasting Corporation, via Reuters

Imagem aérea das equipes atuando após tiroteio na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália — Foto: Reuters/Reprodução

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