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Cerco ao pornô: dona do Pornhub suspende acessos na França em protesto contra verificação de idade

A Aylo, empresa dona do Pornhub, YouPorn e RedTube, anunciou que suspenderá o acesso às plataformas de conteúdo adulto na França a partir de quarta-feira (4) em protesto contra a exigência de que sites pornográficos verifiquem se seus usuários têm 18 anos ou mais.

"Posso confirmar que a Aylo tomou a difícil decisão de suspender o acesso às suas plataformas na França. Usaremos nossas plataformas para nos dirigirmos diretamente ao público francês amanhã", disse um porta-voz do Pornhub nesta terça (3), segundo a Reuters.

O governo francês começou a implementar neste ano requisitos para que todos os sites adultos exijam que os usuários confirmem sua idade com informações como cartão de crédito ou documento de identidade.

A Arcom, órgão regulador da comunicação digital e audiovisual da França, pode solicitar o bloqueio dos sites e aplicar multas se considerar que seus sistemas de verificação de idade são insuficientes.

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Empresa diz que mecanismo de verificação é ineficaz

Para preservar a privacidade, as operadoras devem oferecer uma opção de dupla identificação que impeça as próprias plataformas de verem as informações pessoais dos usuários.

Mas a Aylo afirma que este é um mecanismo ineficaz que coloca os dados das pessoas sob risco de invasões ou vazamentos.

A empresa disse apoiar o conceito de verificação de idade, mas afirmou que empresas como Microsoft, Apple e Google têm capacidade de fazer esse trabalho por meio de seus sistemas operacionais Windows, iOS e Android.

"Eu entendo que essas três entidades são grandes e poderosas, mas isso não é desculpa para a França fazer o que fez", disse Solomon Friedman, da Ethical Capital Partners, proprietária da Aylo, segundo a AFP.

A mensagem da Aylo para os usuários terá a imagem "A Liberdade Guiando o Povo", remetendo à pintura de Eugène Delacroix.

O que diz o governo francês

Clara Chappaz, ministra francesa de Inteligência Artificial e Tecnologia Digital, comentou na rede social que, “se a Aylo preferir deixar a França em vez de aplicar nossas leis, eles têm liberdade para fazê-lo”.

Já a ministra da Cultura francesa, Aurore Bergé, festejou a decisão da empresa.

"Melhor ainda. Haverá menos conteúdo violento, degradante e humilhante acessível a menores na França", disse ela no X.

A Arcom, órgão regulador francês, afirmou que 2,3 milhões de menores acessam sites pornográficos todos os meses.

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