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Certel pretende antecipar operações da PCH Vale do Leite

de Pouso Novo

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Após vencer leilão de energia na semana passada, a Certel garantiu um contrato de venda da geração da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Vale do Leite por 20 anos, a contar de 1º de janeiro de 2030. No entanto, a cooperativa gaúcha pretende concluir a usina que será implementada no rio Forqueta bem antes dessa data. A expectativa é que a unidade entre em operação no primeiro trimestre de 2027.

Segundo o presidente da Certel, Erineo José Hennemann, a construção da PCH deverá levar cerca de 18 meses para ser finalizada. O dirigente participou nesta quarta-feira (27) da cerimônia de anúncio da instalação do empreendimento, celebrada em Pouso Novo (a usina ficará entre esse município e Coqueiro Baixo).

Durante a solenidade, Hennemann destacou que, para o começo dos trabalhos, era necessária a autorização de início de obras a ser concedida pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura. Logo após o discurso do presidente da cooperativa, a secretária da pasta, Marjorie Kauffmann, que também participou do evento, confirmou a liberação da permissão.

Com o documento em mãos, a perspectiva é que a obra comece nas próximas semanas. Como o prazo de entrega da energia estabelecido pelo leilão é apenas a partir de 2030, a geração que for disponibilizada antes disso deverá ser comercializada no mercado livre (ambiente formado por grandes consumidores que podem escolher de quem vão comprar a energia).

A potência instalada da PCH Vale do Leite será de 6,4 MW, o suficiente para atender a uma cidade com cerca de 20 mil habitantes. A barragem da hidrelétrica terá em torno de 29 metros de altura e 120 metros de comprimento. Para concretizar a estrutura, a estimativa é que sejam necessários mais de 19 mil metros cúbicos de volume de concreto, o que representa uma carga para mais de 2,7 mil caminhões. No pico das obras, deverão ser empregadas aproximadamente 100 pessoas.

O contrato de 20 anos, garantido pelo leilão, deve render uma receita bruta de cerca de R$ 350 milhões para a Certel. Hennemann informa que o investimento no complexo será de aproximadamente R$ 84 milhões. O dirigente frisa que a questão financeira da iniciativa já está estruturada e contará com o financiamento das agências Sicredi de Teutônia, Lajeado, Encantado e Soledade. "Então, existe aí um dos sagrados princípios do cooperativismo que é a integração entre cooperativas", enfatiza o presidente da Certel.

Um dos benefícios da PCH, aponta o dirigente, será propiciar uma geração local que permitirá ao Rio Grande do Sul reduzir a sua "importação" de energia de outras regiões do Brasil. Ele lembra que a intenção do desenvolvimento da usina foi anunciada em 2020. Porém, eventos como a pandemia de coronavírus e a enchente do ano passado acabaram postergando o projeto.

A cooperativa já possui no Rio Forqueta as usinas Rastro de Auto (7 MW) e Salto Forqueta (6 MW). Ao todo, a associação tem projeção de efetivar sete hidrelétricas no local, que somariam cerca de 38 MW. Além desses projetos, Hennemann ressalta que continua dentro dos planos da cooperativa a construção da hidrelétrica Bom Retiro, no Rio Taquari, que previa uma capacidade de 35 MW. Contudo, devido à enchente de 2024, esse empreendimento terá que ser reestruturado. Essa nova concepção deve levar em torno de dois anos para ser elaborada. A Certel tem também planos para implementar um parque eólico no município de Harmonia, que deverá ter uma potência instalada de 40 MW.

Nova fase do Energia Forte no Campo prevê reforço do programa

A quinta edição do programa Energia Forte no Campo, que conta com a participação de cooperativas de eletrificação e do governo do Rio Grande do Sul e tem como objetivo incentivar a expansão de linhas trifásicas na área rural para fortalecer as condições de fornecimento de energia, será lançada na próxima semana durante a Expointer, em Esteio. Nessa próxima etapa da iniciativa, a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, salienta que haverá novidades quanto ao investimento que será feito pelo governo gaúcho, bem como nas ações que poderão ser subsidiadas.

Marjorie prefere não revelar ainda os detalhes dessas mudanças. "Mas será o maior aporte feito até hoje", assinala a secretária. Uma fonte que acompanha o tema revela que a perspectiva é que essa fase do programa envolva recursos totais na ordem de R$ 400 milhões, podendo ser aplicados, além de na implantação de redes trifásicas, no desenvolvimento de subestações de energia. O percentual de contrapartida do governo do Estado nos investimentos desembolsados também deverá aumentar de 20% para 35%.

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