Chuveiro elétrico não esquenta o suficiente? 6 dicas para ajudar o aparelho

Para esclarecer todas as dúvidas, preparamos um guia que oferece um panorama completo para ajudar tanto quem pretende instalar ou trocar o chuveiro, quanto quem já possui o aparelho e quer garantir que ele funcione da melhor forma possível. Veja logo abaixo os pontos abordados e, em seguida, confira o que fazer para voltar a tomar banho quente.

A potência do chuveiro elétrico é um dos fatores mais importantes para garantir que a água esquente rapidamente e mantenha uma boa temperatura. De modo geral, quanto maior a potência, mais rápido é o aquecimento, o que é especialmente vantajoso em dias frios. Além da potência, é importante observar o tipo de controle de temperatura. Os modelos multi temperatura possuem posições pré-definidas, como verão e inverno, enquanto os eletrônicos permitem ajuste gradual, oferecendo mais conforto e precisão.

Em geral, chuveiros com potência acima de 5.000 Watts (W) apresentam aquecimento mais rápido, embora consumam mais energia elétrica. Outro fator importante é a voltagem da instalação elétrica da residência. Por norma, chuveiros para redes de 110/127 Volts (V) possuem potência máxima de cerca de 5.500 W, a fim de evitar sobrecarga na fiação. Já modelos mais potentes, como os de 7.500 W ou 9.500 W, geralmente indicados para regiões frias, onde as temperaturas frequentemente se aproximam de 0 °C, funcionam apenas em redes de 220 V.

A pressão da água que chega ao chuveiro impacta diretamente a qualidade do aquecimento. Isso porque, se a vazão for muito alta, a água passa rápido demais pela resistência e não aquece o suficiente. Já se for muito baixa, pode não acionar corretamente o mecanismo interno do chuveiro. Em situações de baixa pressão, muitos aparelhos recomendam a instalação de um pressurizador ou o uso de modelos “pressurizados”. Já em casos de pressão excessiva, um redutor de pressão pode ajudar a equilibrar o fluxo e garantir que a água seja aquecida adequadamente.

Uma dica para casos de alta pressão é reduzir levemente a vazão da água, fechando um pouco o registro. Geralmente, com menor volume de água passando, o banho tende a ficar mais quente. Entretanto, essa é apenas uma solução paliativa, que deve ser usada com cautela, pois o uso frequente pode comprometer a resistência do chuveiro e levar à sua queima.

Quando a água que entra no chuveiro já está muito fria, seja por clima, altitude ou caixa d’água interna, o aquecimento demora mais. Com isso, pode parecer que o aparelho está com algum defeito, quando na verdade o sistema está apenas demorando mais para agir. Além disso, em períodos frios, a resistência ou o aparelho pode precisar “puxar” mais energia e atuar por mais tempo, o que também pode comprometer a eficiência.

Neste caso, quando a água estiver muito fria, o usuário pode optar por trocar a resistência ou adquirir um chuveiro com uma potência maior. Entretanto, se o morador optar por não realizar investimentos, uma alternativa pode ser reduzir a vazão da água, mantendo o registro levemente fechado.

Muitos chuveiros elétricos têm seletor com diferentes modos: “verão”, “inverno”, ou posições intermediárias que geralmente variam de 1 até 4. Já os modelos eletrônicos permitem ajuste fino para escolher temperatura exata. Escolher o modo certo para a situação faz diferença para a eficiência térmica.

Quando se usa modo “inverno” ou potência máxima em dias amenos o consumo de energia sobe desnecessariamente. Por outro lado, usar modo “verão” ou potência menor em dias frios pode resultar em banho morno demais. Por isso, sempre avalie a temperatura ambiente e da água que chega ao chuveiro. Ajuste o seletor para “verão” ou modo morno em épocas quentes e, em épocas frias, use potência maior ou modo “inverno”.

Situações de instalação elétrica inadequada, como circuito compartilhado com outros equipamentos ou disjuntor subdimensionado, podem comprometer o aquecimento do chuveiro, danificar a resistência e até representar risco de incêndio ou choque elétrico. Isso porque, quando a fiação não fornece a corrente adequada ou há quedas de tensão, o aparelho não opera com potência plena, resultando em água que não esquenta ou esquenta pouco.

Verificar se o circuito do chuveiro é dedicado e possui fios e disjuntor compatíveis é parte essencial para corrigir o problema. Nesse caso, se o morador não tiver conhecimento técnico, é recomendado chamar um eletricista para avaliar a rede elétrica da casa e realizar os ajustes necessários.

A resistência elétrica é o componente responsável pelo aquecimento da água no chuveiro. Quando ela está queimada, rompida ou com defeito, a água sai fria, sem atingir a temperatura desejada. Alguns sinais de resistência danificada são: o chuveiro funciona normalmente, mas não esquenta; ou cheiro de queimado durante o uso. Se esses sinais ocorrem com frequência, pode haver outras falhas, como pressão excessiva ou instalação elétrica inadequada, que provoca o desgaste prematuro da resistência.

A dica, nesse caso, é, se suspeitar de problema na resistência, chamar um técnico especializado para efetuar a substituição da peça por um modelo compatível com a voltagem e a potência originais. Ao contratar o técnico especializado, aproveite também a ocasião para revisar toda a instalação elétrica e hidráulica do chuveiro.

Com informações da Lorenzetti, Cemig e Eletrica União.