O chuveiro elétrico é um dos aparelhos mais presentes nos lares brasileiros, responsável por aquecer a água do banho de forma instantânea, usando apenas eletricidade. No Brasil, ele se popularizou por ser uma solução acessível e fácil de instalar, ao contrário de aquecedores a gás ou sistemas mais complexos. No entanto, essa comodidade tem um preço: o aparelho é um dos maiores consumidores de eletricidade nas residências.
Pensando nisso, o TechTudo reuniu tudo o que você precisa saber antes de comprar um chuveiro elétrico. Você entenderá como funciona esse aparelho e por que ele consome bastante energia, assim como os diferentes tipos de chuveiro elétrico, como avaliar a pressão da água da sua casa para escolher o modelo compatível e muito mais. Confira, a seguir, um guia completo para quem quer se aventurar no mundo dos chuveiros elétricos.
Temperatura da água do chuveiro elétrico — Foto: Divulgação Chuveiro elétrico: tudo que você precisa saber antes de comprar
Este guia reúne informações completas e dicas fundamentais, desde tipos de chuveiros elétricos disponíveis e impacto na conta de luz, até orientações de instalação segura.
- Como funciona o chuveiro elétrico?
- Quanto gasta um chuveiro elétrico?
- Tipos de chuveiro elétrico
- Como saber a pressão do chuveiro e como ajustá-la?
- Como economizar energia com chuveiro elétrico?
- Como instalar o chuveiro elétrico?
- Quem criou o chuveiro elétrico?
- Quais países usam chuveiro elétrico?
- Preço e modelos à venda
1. Como funciona o chuveiro elétrico?
O chuveiro elétrico funciona a partir de um princípio simples de aquecimento resistivo. Dentro do aparelho há um componente chamado resistência, um fio metálico espiralado de ligas como níquel-cromo, que aquece rapidamente quando a corrente elétrica passa por ele. Ao abrir o registro do chuveiro, a água fria da tubulação enche a câmara interna do dispositivo. A pressão da água desloca um mecanismo (geralmente um diafragma de borracha com contatos elétricos) que então fecha o circuito, energizando a resistência e aquecendo a água instantaneamente conforme ela flui pelos orifícios do espalhador.
Chuveiro Elétrico Top Jet Multitemperaturas 6.400W 220V Branco LORENZETTI — Foto: Lorenzetti/Reprodução A maioria dos chuveiros elétricos tradicionais oferece dois ou três modos de aquecimento pré-definidos: verão (morno), inverno (quente) e às vezes desligado ou superquente. Esses modos correspondem a diferentes configurações da resistência elétrica: no modo inverno, a resistência é utilizada em toda sua extensão, resultando em aquecimento máximo da água. No modo verão, parte da resistência é desconectada, diminuindo a potência e deixando a água menos quente.
Em termos de segurança, os chuveiros modernos contam com mecanismos para evitar choques, desde isolamento adequado dos elementos energizados até a obrigatoriedade de aterramento. Com uma instalação bem feita, o chuveiro elétrico é seguro e proporciona água quente contínua enquanto o registro estiver aberto e a energia ligada. Diferentemente de um boiler ou acumulador, ele aquece a água de passagem, ou seja, à medida que a água circula pelo aparelho, fornecendo banho quente ilimitado.
2. Quanto gasta um chuveiro elétrico?
Por ser um equipamento de alta potência, o chuveiro elétrico tem impacto significativo no consumo de energia de uma residência. Um modelo comum possui cerca de 5.400 W de potência (5,4 kW), podendo chegar a 6.000 W ou mais em versões de 127 V, e até 7.500 W nas de 220 V. Isso significa que, em funcionamento, ele consome eletricidade em um ritmo muito superior ao de outros eletrodomésticos. Na prática, um banho de 10 minutos com um chuveiro de 5,4 kW pode gastar cerca de 0,82 centavos de real em energia elétrica, considerando uma tarifa média de R$0,92 por kWh.
O chuveiro elétrico consome muita energia; evite banhos muito quentes e demorados — Foto: — Foto: Reprodução/Freepik Pode parecer pouco para um único banho, mas ao multiplicar pelo número de banhos diários e pelos dias do mês, o consumo acumulado torna-se expressivo. Uma única pessoa tomando um banho de 10 minutos todos os dias adiciona aproximadamente R$ 25 na conta de luz ao final do mês; já uma família de 4 pessoas nas mesmas condições poderia acarretar cerca de R$ 100 mensais apenas com o chuveiro. Em um ano, esses banhos regulares chegam a custar em torno de R$ 300 por pessoa, dependendo da tarifa local. Segundo a Enebras, o chuveiro elétrico costuma representar entre 20% e 30% do gasto mensal de energia de um lar brasileiro médio.
3. Tipos de chuveiro elétrico
Os chuveiros elétricos disponíveis no mercado podem ser divididos basicamente em dois grandes grupos, de acordo com seu sistema de controle de temperatura: os modelos multitemperatura (tradicionais), popularmente chamados apenas de chuveiro elétrico, e os modelos eletrônicos. Veja as diferenças:
Chuveiro elétrico x chuveiro eletrônico — Foto: Reprodução/Dunard Mais barato e simples, chuveiro elétrico comum é aquele equipado com um seletor manual de posições fixas de temperatura. Geralmente, ele oferece 3 posições: Desligado (ou Verão/Frio), Morno (Verão) e Quente (Inverno). Nessa categoria, a regulagem da temperatura da água é feita alterando a forma como a corrente elétrica passa pela resistência, conforme explicado anteriormente. O usuário não consegue variar gradualmente a temperatura durante o banho; para mudar de morno para quente, por exemplo, é preciso girar a chave para outra posição, o que em muitos aparelhos requer até desligar o chuveiro momentaneamente para evitar danificar a resistência.
Chuveiro Elétrico Lorenzetti Bella Ducha — Foto: Lorenzetti/Reprodução O chuveiro eletrônico é uma evolução do modelo tradicional, incorporando um controle eletrônico que permite ajustar gradualmente a potência de aquecimento. Em vez de apenas 2 ou 3 estágios, ele conta com uma haste deslizante ou um botão giratório (e em modelos mais sofisticados, até controle remoto ou painel digital) que varia a temperatura de forma contínua, mesmo com o chuveiro ligado. Dessa forma, o usuário consegue chegar à temperatura exata desejada sem precisar misturar água fria e sem choques térmicos durante o banho. Outra vantagem é poder alterar a temperatura a qualquer momento do banho de maneira segura, coisa que no chuveiro comum não é recomendável fazer enquanto a água está correndo.
Chuveiro eletrônico Acqua Duo Ultra — Foto: Lorenzetti/Reprodução 4. Como saber a pressão do chuveiro e como ajustá-la?
Se a pressão da água for muito baixa, a vazão de água que sai do chuveiro será pequena, resultando em um jato fraco e possivelmente em água excessivamente quente. Por outro lado, se a pressão for alta em excesso, podem ocorrer respingos desconfortáveis e até risco de o chuveiro vazar ou não conseguir aquecer adequadamente. Por isso, antes de comprar e instalar um chuveiro, é importante medir ou conhecer a pressão de água disponível no ponto de uso.
No Brasil, a pressão de água em instalações prediais costuma ser medida em metros de coluna d’água (mca). Um 1 mca corresponde à pressão exercida por uma coluna de água de 1 metro de altura – aproximadamente 0,098 bar. Muitas embalagens de chuveiro indicam a pressão mínima e máxima em mca para o funcionamento ideal (por exemplo, “de 1 a 40 mca”). Para saber a pressão no seu banheiro, você pode medir a altura entre a saída de água do chuveiro e o nível da caixa d’água que o alimenta.
Chuveiro saindo muita água — Foto: Reprodução/Lorenzetti Essa distância vertical, em metros, dá uma estimativa da pressão em mca. Por exemplo, se a caixa d’água está 5 metros acima do chuveiro, há cerca de 5 mca de pressão estática. Pressões provenientes direto da rua (rede pública) costumam ser mais altas e variáveis, mas as concessionárias normalmente mantêm abaixo de ~40 mca para evitar danos em instalações internas. Como referência geral, cerca de 1 mca é o mínimo para proporcionar um banho aceitável, abaixo disso, dificilmente a água terá força suficiente.
Se você identificar que a pressão em sua residência é muito baixa, há algumas soluções. Primeiro, verifique fatores simples: registros parcialmente fechados, filtros ou chuveiros entupidos e vazamentos podem estar reduzindo a vazão. Caso a pressão da água realmente seja inerentemente fraca, pode-se optar por modelos de chuveiro pressurizados, cuja função é bombear e aumentar a pressão da água durante o uso. No caso inverso, se a pressão disponível é muito alta, o ajuste geralmente é feito instalando-se uma válvula redutora de pressão na alimentação de água ou mesmo parcialmente fechando o registro.
5. Como economizar energia com chuveiro elétrico?
Embora o chuveiro elétrico tenha fama de vilão da conta de luz, é possível mitigar seu consumo adotando boas práticas no dia a dia. O TechTudo já publicou 7 dicas para economizar energia com o chuveiro elétrico e muitas delas são fáceis de implementar no cotidiano. A primeira orientação é usar o aparelho de forma consciente: reduza o tempo do banho e evite deixar o chuveiro ligado sem necessidade. Diminuir alguns minutos pode representar uma economia significativa – tomar banhos de 5 a 8 minutos em vez de 10 minutos pode gerar até 30% de economia no consumo desse aparelho, segundo especialistas.
Chuveiro elétrico Hydra — Foto: Hydra/Reprodução Também é recomendável escolher a temperatura adequada: manter o seletor na posição morno ou verão nos dias quentes reduz bastante o gasto elétrico, pois na opção inverno a resistência trabalha com potência máxima. Lembre-se de que quanto mais quente a água, maior o consumo de energia; portanto, use a temperatura mínima confortável. Planejar os banhos fora dos horários de pico e distribuir os horários entre os moradores (quando possível) não diminui o gasto individual, mas pode evitar sobrecarga no padrão de energia da residência.
6. Como instalar o chuveiro elétrico?
Se você não tem experiência com instalações elétricas ou não se sente seguro, o mais recomendado é contratar um eletricista profissional. No entanto, muitos usuários optam por instalar ou trocar o chuveiro por conta própria. Nesse caso, é imprescindível seguir um passo a passo com todos os cuidados, como está abaixo:
A instalação do chuveiro elétrico é simples e pode ser feita pelo usuário — Foto: Reprodução/Amazon Antes de qualquer coisa, vá ao quadro de distribuição da casa e desligue o disjuntor correspondente ao circuito do banheiro ou o geral, garantindo que não haja eletricidade na fiação do chuveiro. Essa medida é obrigatória para evitar choque elétrico durante a instalação. Aproveite também para fechar o registro de água do banheiro. Abra o chuveiro antigo para aliviar a pressão e drenar a água remanescente na tubulação. Certifique-se, ainda, de que a voltagem do novo chuveiro é compatível com a rede (127 V ou 220 V) e que há um fio terra disponível no ponto.
Monte o chuveiro e fixe no suporte
Muitos chuveiros vêm desmontados em partes. Siga as instruções do fabricante para montar as peças. Em geral, deve-se rosquear o chuveiro no cano que sai da parede. Use fita veda-rosca nas conexões: aplique entre cinco e sete voltas de fita no sentido horário na rosca do cano antes de apertar o chuveiro. Isso garante vedação contra vazamentos. Encaixe e rosqueie o chuveiro firmemente, mas sem excesso de força para não trincar partes de plástico. Se necessário, utilize um alicate ou chave apropriada, protegendo a peça com um pano para não danificar o acabamento. Verifique que o chuveiro ficou alinhado e bem fixo na parede, com a saída de água direcionada corretamente para o box.
Chuveiro elétrico Elegance — Foto: Elegance/Reprodução Faça a ligação elétrica corretamente
Agora vem a parte elétrica, que requer mais atenção. Identifique os fios do chuveiro: normalmente são dois fios de alimentação (fase e neutro, ou fase e fase no caso de redes 220 V) e um fio terra verde/amarelo. Na fiação que sai do teto/parede, identifique também cada condutor: no padrão brasileiro, o fio neutro costuma ser azul claro, o terra é verde ou amarelo, e o fase pode ser preto, vermelho ou marrom. Conecte os fios do chuveiro aos fios correspondentes da rede elétrica, respeitando as cores (fase com fase, neutro com neutro, terra com terra).
Utilize conectores apropriados, como conectores de torção ou de engate, ou junção com luvas de conexão, garantindo que as emendas fiquem bem isoladas. Jamais deixe fios desencapados expostos; aplique fita isolante de qualidade em volta de cada conexão elétrica para evitar contato ou umidade.
Conclua a instalação e teste
Com tudo conectado e fixado, recoloque a água para correr primeiro. Abra o registro e deixe a água fluir pelo chuveiro novo por alguns segundos com a energia ainda desligada. Verifique se não há vazamentos nas roscas. Em seguida, religue o disjuntor de energia no quadro de luz para energizar o circuito. Agora, teste o funcionamento: abra o chuveiro na posição de água fria inicialmente, a água deve sair em temperatura ambiente. Depois mude para a posição quente e certifique-se de que a água está aquecendo gradualmente.
Chuveiro no banho — Foto: Carson Masterson/Unsplash 7. Quem criou o chuveiro elétrico?
O chuveiro elétrico é uma invenção brasileira criada por Francisco Canhos, engenheiro de Jaú (SP), nos anos 1930. Em uma época em que o país ainda se urbanizava e não tinha infraestrutura de gás encanado, ele desenvolveu um sistema que aquecia a água instantaneamente por meio de uma resistência dentro do chuveiro. Os primeiros modelos eram manuais, mas Canhos aperfeiçoou a tecnologia com um diafragma que acionava a corrente elétrica automaticamente ao abrir o registro, tornando-o mais seguro e prático. A partir dos anos 1940, empresas brasileiras passaram a produzir o equipamento em escala, popularizando-o rapidamente.
O brasileiro Francisco Canhos e o primeiro modelo de chuveiro elétrico do mundo, sua invenção. — Foto: Reprodução/Facebook / Memórias de Jahu 8. Quais países usam chuveiro elétrico?
O chuveiro elétrico é amplamente utilizado no Brasil e em vários países da América Latina, como Colômbia, Peru, Paraguai e Equador, onde a infraestrutura de gás encanado é limitada e soluções simples e baratas de aquecimento são mais viáveis. Já na Europa continental e na América do Norte, ele é pouco comum, já que a maioria das casas usa sistemas centrais a gás ou boilers elétricos para aquecer a água. Há exceções, como Reino Unido e Irlanda, onde os electric showers aparecem em alguns lares, especialmente onde só há água fria no banheiro. Em partes da Ásia e da África, o uso varia conforme clima e infraestrutura. No geral, o chuveiro elétrico é típico de regiões com clima mais quente ou menor disponibilidade de gás, enquanto países com sistemas centrais consolidados preferem alternativas a gás ou boilers.
9. Preço e modelos à venda
O mercado brasileiro oferece uma grande variedade de chuveiros elétricos, desde modelos básicos e acessíveis até versões eletrônicas mais sofisticadas. Há alternativas para diferentes orçamentos e necessidades, e a escolha costuma depender da instalação elétrica disponível, da pressão da água e do nível de conforto desejado.
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1 semana atrás
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