Chuveiro queimou? Veja como trocar resistência e prevenir problemas

Muito presente nos lares do Brasil, o dispositivo é sinônimo de conforto durante o banho, mas exige cuidados de instalação, uso e manutenção. A seguir, veja os tópicos que vamos abordar nesta matéria:

O chuveiro elétrico aquece a água por meio da passagem de corrente elétrica por um fio metálico chamado resistência. Esse fio, geralmente feito de uma liga de nicromo, transforma energia elétrica em calor quando a água flui pelo sistema. O processo é praticamente instantâneo. A água entra fria e sai quente quase no mesmo momento.

Ao contrário de outros aparelhos que usam o mesmo princípio, como ferro de passar, no chuveiro essa resistência fica imersa na água. Com controles de temperatura, o dispositivo funciona no modo verão e no modo inverno. Assim, quando está no modo verão ou no modo inverno, a pressão da água faz com que dois contatos, no interior do aparelho, se toquem e energizem a resistência elétrica. Quando desligado, a resistência não recebe energia elétrica e a água permanece fria.

A queima da resistência é um dos principais fatores para a água não esquentar, e isso ocorre por alguns motivos. Um deles está ligado ao acúmulo de resíduos minerais, como o calcário presente na água. Com o tempo, essa camada isola o calor e faz a resistência superaquecer até romper. Outro fator é o uso prolongado em alta temperatura. Quando o chuveiro é mantido no modo inverno por longos períodos, a corrente elétrica sobrecarrega o fio metálico, acelerando o desgaste.

Ainda, é possível que a queima seja causada por instalações elétricas inadequadas, como fios finos demais, emendas mal isoladas ou disjuntores incorretos. A pressão da água também influencia. Se for muito baixa, a resistência aquece sem resfriar o suficiente, o que aumenta o risco de queima. Já a pressão excessiva pode deslocar a peça internamente, danificando o contato elétrico.

A troca da resistência é simples, mas exige atenção. Antes de começar, desligue o disjuntor do banheiro ou da casa inteira para evitar choques elétricos. Em seguida, feche o registro e desencaixe o chuveiro do cano, virando-o de cabeça para baixo sobre uma toalha ou recipiente.

Com a tampa do aparelho removida, você verá a resistência (uma espiral metálica encaixada na base). Retire-a com cuidado, verificando o modelo exato e a voltagem (110 V ou 220 V). É importante comprar uma resistência compatível com a marca e potência do chuveiro, que podem custar a partir de R$ 20, dependendo do modelo, em lojas de material de construção ou nas principais varejistas do mercado.

Na hora de encaixar a nova peça, certifique-se de que ela ficou bem posicionada e sem dobras. Depois, monte o chuveiro novamente e abra o registro antes de religar a energia no disjuntor. Essa etapa é fundamental para evitar que a resistência queime imediatamente. Se o problema persistir mesmo após a troca, é sinal de que o defeito pode estar em outros componentes do dispositivo. Nesse caso, é possível buscar a ajuda de um técnico especializado.

Alguns hábitos simples ajudam a prolongar a vida útil do chuveiro. O primeiro é evitar trocas bruscas de temperatura durante o banho, que causam variações de tensão e desgastam a resistência. Ainda, é importante limpar o espalhador de saída de água periodicamente, pois pequenos furos entupidos dificultam a passagem de água e aumentam o aquecimento.

Verifique se a instalação elétrica está adequada. O circuito do chuveiro deve ser exclusivo, com fios compatíveis à potência e aterramento. Outra dica é ter atenção ao tempo de uso, pois além de superaquecer a resistência, esses aparelhos costumam ser os principais vilões das contas de luz. Além disso, mantenha um intervalo de alguns minutos entre banhos consecutivos. Isso permite que o sistema esfrie antes de ser acionado novamente, evitando sobrecarga.