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CMPC deve fechar 2025 com movimentação recorde pela hidrovia gaúcha

Pela primeira vez em sua história, a CMPC deverá transportar mais de 3 milhões de toneladas em cargas pela hidrovia gaúcha em um ano. De acordo com o diretor de logística da companhia, Roberto Hallal, a empresa deve movimentar cerca de 2 milhões de toneladas em celulose e 1,1 milhão de toneladas de madeira até o final de 2025.

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Pela primeira vez em sua história, a CMPC deverá transportar mais de 3 milhões de toneladas em cargas pela hidrovia gaúcha em um ano. De acordo com o diretor de logística da companhia, Roberto Hallal, a empresa deve movimentar cerca de 2 milhões de toneladas em celulose e 1,1 milhão de toneladas de madeira até o final de 2025.

O dirigente informa que, no ano passado, a CMPC operou em torno de 2,7 milhões de toneladas pelo modal e o total do transporte pela hidrovia gaúcha, levando em conta outras cargas, de outras empresas, foi de cerca de 5,8 milhões de toneladas. Hallal ressalta que o número deverá dar um salto, futuramente, já que o projeto Natureza da CMPC, que prevê a construção de uma fábrica de celulose no município de Barra do Ribeiro, deverá acrescentar uma produção de 2,5 milhões de toneladas de celulose ao ano no Estado, que também será escoada pela hidrovia. A estimativa é que a produção comece no segundo semestre de 2029.

O total do investimento no projeto, com produção e estruturas logísticas, é calculado hoje em cerca de R$ 27 bilhões. A iniciativa contempla a implantação de dois novos terminais portuários, em Barra do Ribeiro e Rio Grande, e a ampliação do terminal em Pelotas. O empreendimento também fará com que o número de barcaças utilizadas pela CMPC passe das atuais sete embarcações para 13 ou 14.

Hallal revela que a empresa já realiza os estudos de manobra para as embarcações que utilizarão os terminais em Barra do Ribeiro e Rio Grande. O canal de acesso ao terminal do primeiro município, pelo Guaíba, terá 10 quilômetros de extensão, largura de 60 metros e profundidade de seis metros. No caso do complexo rio-grandino, a CMPC está em tratativas com o Ministério dos Transportes e com a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) para conseguir a cessão da área para a instalação do terminal em Rio Grande (onde antigamente era o local utilizado pelo estaleiro QGI).

Além do seu próprio terminal no porto da Metade Sul gaúcha, a CMPC deverá usar o serviço do Tecon Rio Grande para escoar parte da sua produção. Hallal detalha que a empresa tem alguns clientes, de menor porte, em que grandes volumes não são demandados. “Então, às vezes se torna mais barato mandar um contêiner direto para um cliente do que fazer um transbordo”, explica o dirigente. Deverão ser movimentados em torno de 76 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) pelo Tecon, ao ano, a pedido da CMPC.

O diretor de logística da empresa de celulose foi um dos participantes nesta quinta-feira (6) da II Jornada da Mentalidade Marítima – Infraestrutura Aquaviária, realizada em Porto Alegre. Também esteve presente no encontro o gerente de Dutos e Terminais da Transpetro no Rio Grande do Sul, Jean Paulo Guarnieri.

Recentemente, a subsidiária da Petrobras adotou a Inteligência Artificial (IA) na sua operação com as duas monoboias (terminais flutuantes) que possui na costa gaúcha, na orla de Tramandaí. Esses equipamentos constituem as principais portas de entrada da nafta (matéria-prima petroquímica) que vai para o polo de Triunfo e do petróleo que abastece a refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, além de servirem para escoar gasolina e óleo diesel.

Guarnieri salienta que a solução já apresenta um índice de assertividade muito grande. “É mais uma ferramenta que os nossos capitães de manobra utilizam para fazer a avaliação das condições de mar para fazer a atracação dos navios com segurança”, frisa. Outro palestrante foi o gerente de Relações Institucionais da Braskem, Daniel Fleischer, que enfatizou a importância do modal fluvial para o setor petroquímico no Estado.

“É fundamental a hidrovia para a existência e a operação do Polo de Triunfo (onde fica localizado o terminal Santa Clara)”, reforça Fleischer. Dentro desse contexto, ele defende que sejam feitas dragagens constantes e sistemáticas para dar confiabilidade ao transporte de matérias-primas pelo modal.

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