O maior investimento previsto no Rio Grande do Sul nos próximos anos, o projeto Natureza, que terá um aporte de cerca de R$ 27 bilhões da empresa CMPC na expansão de sua capacidade de celulose no Estado em mais 2,5 milhões de toneladas ao ano, deverá contar com as licenças ambientais para começar as obras no segundo trimestre de 2026. A projeção é do diretor-geral de celulose da CMPC no Brasil, Antonio Lacerda.
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O maior investimento previsto no Rio Grande do Sul nos próximos anos, o projeto Natureza, que terá um aporte de cerca de R$ 27 bilhões da empresa CMPC na expansão de sua capacidade de celulose no Estado em mais 2,5 milhões de toneladas ao ano, deverá contar com as licenças ambientais para começar as obras no segundo trimestre de 2026. A projeção é do diretor-geral de celulose da CMPC no Brasil, Antonio Lacerda.
Ele recorda que são vários os licenciamentos necessários para o início da operação, entre os quais os relativos à construção da fábrica (no município de Barra do Ribeiro), linha de transmissão de energia, ligações rodoviárias e terminais portuários. "Tão logo essas licenças ambientais estejam prontas aí é investir e fazer a poeira subir. A gente vai começar a terraplanagem (que pode demorar até dez meses) e iniciar as construções todas", adianta o executivo.
Para 2027 e 2028, é esperado atingir o pico de mão de obra, com mais de 12 mil pessoas trabalhando no empreendimento, e, em 2029, deverão ser feitos os serviços de conclusão do projeto. Até a finalização do complexo, Lacerda alerta que será preciso formar os profissionais que serão demandados para operar na nova planta e cita o exemplo de motoristas de caminhão e de operadores de caldeira que levam, respectivamente, cerca de 18 meses e mais de dois anos para serem preparados. O dirigente afirma que a meta é colocar em funcionamento um plano de capacitação de mão de obra a partir do começo de 2026.
A CMPC tem feito desembolsos relevantes no Rio Grande do Sul nos últimos anos. Desde 2009, quando comprou os ativos da Aracruz, em Guaíba, até 2025, o grupo de origem chilena já fez investimentos no Estado na ordem de R$ 25 bilhões (em valores atualizados). Assim, possibilitou o aumento em seis vezes da produção de celulose da planta guaibense, atingindo hoje o patamar de 2,4 milhões de toneladas ao ano.
No projeto Natureza, inicialmente, o aporte previsto era de R$ 24 bilhões. No entanto, Lacerda explica que esse valor subiu mais cerca de R$ 3 bilhões devido a fatores cambiais e atualizações em projeções de estruturas, como o terminal portuário em Rio Grande, que servirá para escoar a celulose produzida e que passou de um investimento estimado em R$ 800 milhões para cerca de R$ 1,2 bilhão.
Sobre esse complexo, o dirigente informa que está sendo negociado com o governo federal para que seja feita a concessão da área para a empresa. A expectativa é que até o começo do próximo ano esse processo seja concluído. Ainda sobre a questão logística no Rio Grande do Sul, Lacerda admite que a hidrovia gaúcha ainda enfrenta sérios problemas de assoreamento, após as enchentes do ano passado.
Entretanto, ele destaca que as barcaças que operam para a CMPC movimentando celulose e matéria-prima precisam de pouca profundidade para navegar, o que ameniza esse impacto. Ele recorda que como parte do acordo que a companhia firmou com o governo do Estado serão investidos, futuramente, cerca de R$ 150 milhões em dragagens na região de Rio Grande, o que também contribuirá para melhorar as condições logísticas do Rio Grande do Sul.
Já quanto aos eventuais reflexos no setor de celulose devido ao “tarifaço” que o governo norte-americano aplicou recentemente em produtos brasileiros, o dirigente informa que o maior desgaste não aconteceu agora, mas há alguns meses. Lacerda lembra que, em abril, quando ocorreu uma “briga” comercial entre Estados Unidos e China, houve um enorme impacto no mercado brasileiro de celulose. Ele explica que o país asiático demanda muito mais da produção brasileira de celulose (cerca de 45%) do que os norte-americanos (em torno de 16%).
Dentro desse cenário, o dirigente detalha que, com essa matéria-prima oriunda do Brasil, os chineses produzem itens como roupas e artigos de higiene e limpeza e enviam para os Estados Unidos. Porém, quando houve o conflito em abril esse fluxo foi interrompido e diminuiu as compras de celulose por parte da China, derrubando os preços. “Caiu quase US$ 100 por tonelada o preço da celulose, mas agora retomou”, assinala Lacerda. O diretor-geral de celulose da CMPC no Brasil visitou nesta terça-feira (9) a Casa do JC na Expointer.

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