Segundo o historiador, a descoberta combinou diferentes frentes. Ao The Guardian, ele descreveu que o processo combinou a busca tradicional em arquivos históricos, "golpes de sorte", contribuições de colegas e o envolvimento de voluntários do grupo de jornalismo Bellingcat, que se autodenomina como um portal de investigação digital.
As imagens de Onnen foram submetidas à análise com IA. "Os especialistas em IA me disseram que, por ser uma foto histórica, fica mais difícil chegar a uma correspondência de 98 ou 99,9%, como costuma acontecer em trabalhos forenses contemporâneos", relatou Matthäus ao jornal britânico. Ainda assim, o especialista reuniu evidências suficientes para que pudesse confirmar a identidade do soldado.
A correspondência do rosto, pelo que ouvi dos especialistas técnicos, é excepcionalmente alta em termos da porcentagem que o algoritmo considera. Jürgen Matthäus, historiador, ao The Guardian
Jakobus Onnen nasceu em 1906 na vila alemã de Tichelwarf, próxima à fronteira com a Holanda. De acordo com Matthäus, Onnen vinha de uma família culta e, na juventude, gostava de "viajar e estudar idiomas". Era professor de línguas e de educação física, e entrou para o partido nazista antes da ascensão de Hitler ao poder, em janeiro de 1933. Apesar de as cartas enviadas pelo soldado terem sido destruídas, o parente de Onnen que entrou em contato com o historiador afirmou que o conteúdo era "banal".
Sua motivação é uma das perguntas mais difíceis de responder. Acho que a razão pela qual ele [Jakobus Onnen] está posando ali [na fotografia], a maneira como ele se retrata, é para impressionar. Jürgen Matthäus

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