O que faz o petróleo cair é a desaceleração da atividade global causada pela guerra comercial americana. "As tarifas dos Estados Unidos contra produtos chineses e de outros países reacendeu temores de uma desaceleração da economia global, o que tende a reduzir a demanda por commodities (produtos básicos) como o petróleo. Isso impactou diretamente as ações da Petrobras, que reagiram com forte queda", diz Marcelo Farias, diretor de renda variável da OnField Investimentos.
Outro fator é o risco de aumento da produção por parte da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais aliados). O cartel petroleiro pode pressionar ainda mais os preços internacionais do petróleo. Nem todos os países da organização, no entanto, concordam. Enquanto alguns países defendem produção maior para equilibrar o mercado, outros temem que o excesso de oferta possa derrubar os preços.
O que pode acontecer com a Petrobras
O nível de investimentos da Petrobras também afeta o preço das suas ações. A Petrobras planeja investir um total de US$ 102 bilhões até 2028, com foco em exploração e produção, refinamento e outras áreas. O mercado não gostou da decisão da petroleira de aumentar o capex, pois sua dívida pode crescer. "Enquanto diversas petroleiras globais têm reduzido seus investimentos diante da queda nos preços do barril, a Petrobras manteve um capex elevado", diz Israel Massa, sócio fundador do TC, grupo dono da Economatica.
É difícil prever, mas se houver equilíbrio na oferta de petróleo isso pode ser positivo para os ativos. "Também é preciso ter maior previsibilidade interna, com reforço da governança, estabilidade na liderança e uma política de dividendos transparente e sustentável", afirma Farias, da OnField. Internamente, o agravamento da percepção de ingerência política, mudanças bruscas na política de preços ou novos cortes nos dividendos aumentariam o risco e poderiam ampliar a desvalorização do papel.
O que fazer com as ações
Pode ser um bom momento de compra, para quem quer aproveitar preços baixos. Tanto é que a XP prevê uma alta de 48% nas ações em 12 meses e recomenda a compra. O preço alvo é de R$ 46.

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5 meses atrás
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