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Com reforço de R$ 350 mi, estoques da Conab devem ajudar a regular preços

Comida mais cara é problema mundial, não só do Brasil. Além de questões climáticas, e conflitos mundiais, como a guerra na Ucrânia (um grande exportador de grãos), a inflação dos alimentos é um problema que vem tirando o sono de muitos governantes mundo afora. Incluindo os Estados Unidos. Ou seja, não é apenas uma grande dor de cabeça nacional.

No entanto, Brasil zerou estoques reguladores. Mauricio Andrade Weiss, professor do Programa de Pós-Graduação Profissional em Economia da UFRGS fez uma retrospectiva e lembrou que o Brasil zerou o estoque de grãos com exportações em administrações anteriores.

Medida afetou toda a cadeia de alimentos. Isso trouxe prejuízos, incluindo o consumo dos animais, afetando a cadeia como um todo, refletindo no preço dos ovos e carnes. "Voltar a trabalhar com a questão dos estoques é favorável, mas é difícil resolver isto rapidamente. Por que é necessário ter uma grande oferta, com compras do exterior e os preços internacionais estão altos", acrescenta.

Questionada, Conab afirma que trabalha para recompor os estoques. "Há um grupo interministerial debatendo formas de retomar nossa política de estoques, que foi deixada de lado pelo governo Bolsonaro. Para se ter uma ideia, o governo passado fechou 27 armazéns e comprometeu a manutenção dos 64 restantes pela falta de investimento. E os estoques estavam zerados e desde então os mercados têm se mantido aquecidos, dificultando a formação dos estoques. Com a super safra, esperamos oportunidades em alguns produtos, como é o caso do arroz."

Acordo com BNDES deve ampliar capacidade de armazenamento. Ainda, conforme a nota, "fizemos um contrato com o BNDES para modelagem e reforma de oito armazéns em troca de outros nove, que perderam capacidade de armazenar devido ao crescimento urbano em seu entorno, dificultando a manobra de carretas ou expurgo do produto. Este acordo ampliará nossa capacidade de armazenamento em 33%, saindo de 900 mil para 1,2 tonelada."

Medidas não devem ter resultado imediato

Especialista acredita que é preciso investir na produção no país. Em médio e longo prazos, Maurício é a favor de investimentos constantes em irrigação, produzir fertilizantes internamente e depender menos do mercado mundial, projetos que contavam com a parceria da Petrobras, que foram interrompidos." Ajudaria ter mais linhas do Plano Safra, com juros mais específicos e baixos", fala.

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