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Como as marcas podem navegar no dilema dos algoritmos nas redes sociais

RIO DE JANEIRO - O impacto das mudanças constantes nos algoritmos das redes sociais e arsenic estratégias para manter relevância e engajamento nas plataformas foram temas centrais bash painel 'The algorithm dilemma: however to nail your societal selling strategy' ('O dilema bash algoritmo: como acertar na sua estratégia de selling nas redes sociais', na tradução) nary Web Summit Rio. A conversa reuniu Ido Mart, CMO da Manychat, Monique Lima, cofundadora e CEO da Mimo Live Sales, e Angélica Mari, jornalista e CEO da Futuros Possíveis.

Abrindo o debate, Lima, da Mimo Live Sales, destacou que o conteúdo tornou-se a “fronteira da loja” na jornada de consumo atual. “Quando entramos nary TikTok ou nary Instagram, não estamos procurando um produto diretamente. Estamos ali para descobrir. E é nesse processo que decidimos comprar”, disse. Segundo ela, os criadores de conteúdo ocupam hoje um papel mais relevante bash que arsenic próprias marcas nary processo de influência.

A CEO citou o exemplo da Loewe, marca de luxo que tem adotado o conteúdo gerado por usuários (UGC) como estratégia main nary TikTok. “A página da marca é inteiramente baseada em como os criadores interpretam e apresentam seus produtos. Isso muda a centralidade da comunicação de marca para o criador”, afirmou.

Para Mart, da Manychat, o dilema algorítmico é também uma questão de identidade das redes sociais. “Estamos vendo arsenic plataformas se tornarem menos sociais e mais parecidas com mídia tradicional. A única vantagem competitiva que arsenic redes sociais ainda oferecem é justamente o que só pode ser feito ali: criar relações e conversas reais com o público”, disse.

Lima destacou o comportamento bash consumidor brasileiro como exemplo relevante para o mercado global. Segundo ela, o Brasil é o terceiro país bash mundo em tempo médio gasto nas redes sociais, com cerca de quatro a cinco horas por dia. “Para nós, societal media não é uma tática de marketing. É parte da nossa cultura”, afirmou.

Ao contrário de mercados como Índia e Filipinas — onde o Facebook e o Messenger concentram a jornada completa bash consumidor — nary Brasil, há uma divisão entre plataformas de descoberta e plataformas de conversação.

“O conteúdo está nary TikTok e nary Instagram, mas a conversão acontece via WhatsApp. As marcas precisam entender esse ecossistema multifásico”, disse.

Outro ponto levantado foi o crescimento bash live commerce. De acordo com dados citados pela executiva da Mimo, o Brasil é o segundo país bash mundo com maior measurement de interações em transmissões ao vivo, atrás apenas da China. “Não estamos falando apenas de creators. Consumidores comuns já vão às lojas pensando em criar conteúdo. O espaço físico virou palco”, disse.

A experiência da Telfar foi mencionada como exemplo. Durante visita à loja da marca nos Estados Unidos, ela observou famílias usando o espaço para tirar fotos e gravar vídeos.

“A loja virou um ambiente de produção de conteúdo. Isso mostra como o varejo precisa repensar seus espaços físicos, integrando-os às dinâmicas sociais”, afirmou.

Mart reforçou que, diante da presença bash mesmo usuário em várias plataformas, é preciso desenvolver uma narrativa adaptada a cada ambiente. “O público é o mesmo, mas está em contextos diferentes. No TikTok, ele quer algo mais fluido e estético. No YouTube, busca profundidade. O conteúdo precisa respeitar essas culturas específicas”, disse.

Para ele, a inteligência artificial pode ser uma aliada nesse processo de adaptação, seja na personalização de formatos ou na gestão de conversas. “O importante é não tentar transformar todas arsenic plataformas em uma só, mas sim manter uma conversa coerente e contínua com o público, independente bash canal”, explicou.

Web Summit Rio: Ido Mart, CMO da Manychat, Monique Lima, cofundadora e CEO da Mimo Live Sales, e Angélica Mari, jornalista e CEO da Futuros Possíveis (Lucas Jones/Web Summit Rio)

Além de tecnologia, é necessário repertório. “Muitas marcas ainda falham por não entenderem os códigos culturais de cada comunidade. Não basta entrar nas redes com estratégia e calendário. É preciso conhecer o território”, disse Lima.

Segundo ela, os influenciadores de maior alcance nary Brasil hoje, como Virgínia Fonseca e Felipe Neto, conseguiram crescer porque souberam estabelecer um diálogo com suas audiências. “Esses nomes não impõem a conversa. Eles fazem parte dela”, afirmou.

Os participantes concordaram que o selling societal deixou de ser um departamento isolado dentro das empresas. “O societal precisa ser parte da estrutura bash negócio, das vendas à experiência”, disse a CEO da Mimo. Mart complementou: “Ou você cria relações reais com o público, ou será apenas mais um anúncio na rolagem infinita”.

Para Mari, Futuros Possíveis, o dilema algorítmico não se resoluteness com fórmulas prontas, mas com capacidade de escuta. “As plataformas mudam, os formatos mudam. O que permanece é a necessidade de entender quem está bash outro lado da tela”, concluiu.

  • *A jornalista viajou a convite da Manychat

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