Simulação mostrou que onda eletromagnética chegaria na velocidade da luz à Terra. A simulação trabalhou com uma tempestade de classe X45, o nível mais poderoso da escala usada pelos cientistas. Segundo a ESA, caso essa grande erupção solar acontecesse, o tempo para os efeitos dela chegarem à Terra seria de 8 minutos.
Primeiros impactos estariam nas comunicações. Na simulação, sistemas de radar foram interrompidos, além de dados de rastreamento. Ferramentas como o GPS ficariam inativas.
Auroras e destruição da rede elétrica. A simulação ainda mostrou que apareceriam auroras até o sul da Sicília, enquanto a rede elétrica sofreria graves prejuízos, o que poderia provocar apagões.
Radiação danificaria eletrônicos. Como consequência da erupção solar, os níveis de radiação também aumentariam. Isso impactaria diretamente em componentes eletrônicos, danificando sistemas e reduzindo suas vidas úteis.

Sem contar com apoio de nenhum satélite. O Sol emitira tanta energia para a Terra que não haveria perspectiva de algum satélite funcionar. Além disso, os satélites sairiam de suas órbitas, o que poderia provocar colisões com detritos espaciais e outras naves.
O imenso fluxo de energia ejetado pelo Sol pode causar danos a todos os nossos satélites em órbita. Satélites em órbita baixa da Terra são normalmente mais bem protegidos por nossa atmosfera e nosso campo magnético contra perigos espaciais, mas uma explosão da magnitude do evento Carrington não deixaria nenhuma nave espacial segura. Jorge Amaya, coordenador de modelagem do clima espacial da ESA
Vantagens da simulação
Previsões podem ajudar a nos preparar para o futuro. A simulação, feita em ambiente controlado, traz insights importantes para como poderíamos nos precaver caso um evento como o de Carrington acontecesse novamente. A partir dessa observação, os cientistas podem aprimorar serviços operacionais de meteorologia espacial em toda a Europa.
Simular o impacto de tal evento é semelhante a prever os efeitos de uma pandemia: sentiremos seu impacto real em nossa sociedade somente após o evento, mas precisamos estar preparados e ter planos para reagir imediatamente. Jorge Amaya, coordenador de modelagem do clima espacial da ESA
Atividades solares vêm aumentando
Nasa identificou uma intensificação de atividade do Sol. Um estudo da agência espacial publicado no Astrophysical Journal Letters mostrou que, após atingir em 2008 o nível mais baixo já registrado, a estrela entrou em um processo de intensificação gradual.
Esse aumento na atividade solar não é apenas uma curiosidade científica. Ele pode gerar fenômenos poderosos, como tempestades solares, erupções e ejeções de massa coronal. Tais eventos, que compõem o chamado clima espacial, têm potencial de impacto direto tanto no espaço quanto na Terra.
Em 2024, uma tempestade provocou auroras polares. A tempestade solar mais poderosa em mais de duas décadas atingiu a Terra em maio do ano passado. Moradores do norte da Europa e na Oceania viram várias auroras incomuns no céu.
O planeta vive atualmente o Ciclo Solar 25, iniciado em 2020, após um dos ciclos mais fracos do último século. O próximo, o Ciclo Solar 26, está previsto para começar entre 2029 e 2032, e pode ser ainda mais intenso.
*Com informações da AFP
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