"Logística é com Gravataí", avisa o prefeito da cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), terra da fábrica de automóveis da General Motors, Luiz Zaffalon. "Esperando eles por aqui", emenda, tudo em uma mensagem curta à coluna Minuto Varejo, ante a notícia veiculada pelo Jornal do Comércio de que uma gigante global, a SF China, maior grupo logístico da Ásia e o quarto maior do mundo, quer se instalar no Brasil e cogita entre os destinos o Rio Grande do Sul.
A meta é desembarcar no Brasil para brigar pelo mercado de transporte de packages (pacotes) - aqueles principalmente gerados nas compras em plataformas de e-commerce. Na China, a SF entrega 40 milhões de pacotes por dia.
"Esta é uma grande oportunidade", exaltou o vice-presidente do grupo chinês, Li Yansheng, em visita ao JC, na última quinta-feira.
O prefeito cita que são vários complexos no município, entre eles o LOG, em expansão. Tem ainda o XP, ex-GLP, onde está a plataforma asiática Shopee e a varejista brasileira Magazine Luiza.

Complexo LOG, na RS-118, em Gravataí, está com segunda expansão em execução GOOGLE EARTH/REPRODUÇÃO/JC
"A última milha (last mille) melhor do Estado é Gravataí", reforça Zaffalon. Também já está na cidade, distante 10 quilômetros de Porto Alegre, o CD da rede de farmácias Sao João, em frente à BR-290 (freeway). Após a enchente histórica de 2024, o prefeito da cidade sede da GM chegou a dizer que uma das vantagens era justamente o fato de o município não ter tido inundação.
Além de Gravataí, mais pretendentes se colocaram no páreo. Atrair investimentos ou grupos, principalmente internacionais, é tudo que os municípios mais almejam. O Rio Grande do Sul experimenta a onda dos data centers, para sustentar a grande demanda por processamento de dados com uso de novas tecnologia, como a inteligência artificial (IA).
Outros dois de olho nos chineses são uma tradicional varejista, a Lebes, dona da Ellosul, braço logístico de geração de caixa no futuro e em implantação na RMPA. Também o Ecoparque Lourenço & Souza, em Sapucaia do Sul, sinaliza que pode dar contata da demanda da chinesa. No complexo, está a Mercado Livre, de e-commerce e também gerados de milhares de pacotes diários.

Eco Parque, em Sapucaia do Sul, tem ocupantes como Mercado Livre e TW Transportes PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
"Temos outras operações (logísticas) que podem dar conta das necessidades", avisa Filipe Christianetti, diretor do complexo, que passa por expansão.
"Estamos em contato", disse prontamente o presidente da Lebes, Otelmo Drebes, em resposta à pergunta do Minuto Varejo sobre a possiblidade da SF olhar e se interessar pelo complexo Ellosul, quer a varejista está montando em Guaíba, às margens da BR-290. "Novidades te falo", compromete-se o empresário, na conversa com a colunista.
O grupo tem um trunfo na instalação do Ellosul. Depois de finalizar o primeiro dos sete pavilhões gigantes para armazenagem e operação, o segundo deve ficar pronto "em 90 dias", projeta Drebes. O complexo se habilita a ser o maior do segmento no Estado, quando pronto, aposta o empresário.

Ellosul está sendo implantado pelo grupo Lebes em Guaíba; segundo pavilhão está quase pronto Lojas Lebes/Divulgação/JC
Também deve ter, com áreas para serem ocupadas, hotel, área de serviços e comércio, para apoiar a operação logística. O CD da varejista, que ficava em Gravataí, em área alugada, mudou-se para o Ellosul em meados de 2024, na estreia do parque.
Sobre como vai resolver o destino (se vier ao Estado), o vice-presidente da SF China diz que o grupo fará uma pesquisa de mercado para avaliar a possibilidade de ter operação no Rio Grande do Sul. "Seria um grande investimento", falou Li, referindo-se aos centros de distribuição locais destinados a desafogar as compras de redes de lojas online, ou seja, agilizar as entregas no menor tempo possível.
A chinesa está de olho também no transporte marítimo. "Fomos ao Porto de Rio Grande ver como podemos investir lá - se faremos um centro de distribuição perto do porto ou se apenas vamos usar o porto para o transporte dos contêineres. Teremos uma discussão interna. Poderíamos alugar um píer ou um espaço para contêineres", cogitou o executivo, na visita ao JC.
São Paulo deve ser o primeiro destino, por ser o maior mercado nacional. A plataforma de venda online Shein, também chinesa, é uma das clientes da SF, que também atende BYD (carros elétricos), Cherry e Xiaomi (celulares).

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