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Conselheiros da Petrobras dizem que reação a novo estatuto se deve a interesses financeiros

Integrantes do conselho de administração da Petrobras se dizem surpresos com a reação do mercado à proposta de mudança nos critérios para a indicação de seus membros e afirmam que isso se deve a interesses financeiros dos acionistas minoritários.

Segundo eles, os minoritários estariam insatisfeitos com a ideia de que parte do dinheiro hoje distribuído como dividendos seja usado para abastecer uma reserva de recursos.

A Petrobras perdeu R$ 32,3 bilhões em valor de mercado nesta segunda-feira (23) após anunciar que submeteria à assembleia geral extraordinária uma proposta de mudança de seu estatuto social para excluir vedações de indicações previstas na Lei das Estatais.

A empresa diz que a proposta busca alinhar o estatuto da companhia à liminar do ex-ministro Ricardo Lewandowski (STF) que reduziu as travas para nomeações de políticos em empresas estatais.

Segundo os integrantes, o conselho pediu ao jurídico e à diretoria de governança e conformidade que analisassem a adequação no estatuto à luz da decisão de Lewandowski —ambos validaram as mudanças.

Nos bastidores, eles dizem que a irritação dos minoritários seria porque o conselho da Petrobras reduziu de 60% para 45% do fluxo de caixa livre o valor distribuído aos acionistas quando a dívida estiver abaixo dos US$ 65 bilhões.

A diferença abasteceria um fundo para pagar dívidas, recomprar ações, amenizar prejuízos e ajudar na transição energética.

Segundo analistas, das dez empresas com maior valor de mercado da B3, apenas Petrobas e WEG não possuem uma reserva do tipo.

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