Pressionado pela alta do dólar e do preço dos alimentos, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) cumpriu a promessa de aumentar em 1 ponto percentual os juros básicos nesta quarta-feira (29). Agora, a Selic passa a ser de 13,25% ao ano. A decisão foi unânime por parte de todos os diretores naquela que foi a primeira reunião sob o novo comando do presidente do BC, Gabriel Galípolo. Essa foi a quarta elevação consecutiva da Selic. Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e uma de 1 ponto percentual.
No comunicado da última reunião, em dezembro, o Copom informou que elevaria os juros básicos em 1 ponto percentual não somente agora, como também no próximo encontro, agendado para os dias 18 e 19 de março. Segundo o Comitê, o agravamento das incertezas externas e os ruídos provocados pelo pacote fiscal do governo no fim do ano passado justificam o aumento dos juros básicos no início de 2025. Isso se repetiu no comunicado emitido nesta quarta pela autoridade monetária.
Entenda os termos usados pelo Banco Central ao definir a taxa de juros clicando aqui.
"O Comitê segue acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. A percepção dos agentes econômicos sobre o regime fiscal e a sustentabilidade da dívida segue impactando, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes", destacam os membros do Copom. "O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária mais contracionista", explica a nota.
O colegiado também afirmou que entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. "Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego", justificam. "Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião", antecipa o documento, assim como informado no comunicado emitido em dezembro.
"O ambiente externo permanece desafiador em função, principalmente, da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, o que suscita mais dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed", enumera o documento. Nesta quarta-feira o Banco Central dos Estados Unidos manteve a taxa de juros inalterada. "Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário externo segue exigindo cautela por parte de países emergentes", opinam os membros do Copom.

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