Kirchner está em prisão domiciliar desde junho, quando foi condenada em outro caso de corrupção, e está "no olho do furacão" da crise do peronismo na Argentina.
Segundo o Ministério Público argentino, trata-se do maior caso de corrupção na história do país. Kirchner, que entre 2003 e 2015 dominou a política argentina como primeira-dama e depois como presidente, é acusada de liderar uma associação criminosa que nesse período arrecadou dinheiro de empresários que teriam se beneficiado com a adjudicação de contratos estatais. (Entenda mais abaixo)

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Se for considerada culpada neste novo julgamento, Kirchner pode enfrentar penas máximas de até seis e 10 anos de prisão, dependendo do delito.
Kirchner alega que os processos que enfrenta são resultado de uma perseguição político-judicial impulsionada pela direita, em particular por seu sucessor Mauricio Macri (2015-2019).
Ela cumpre sua pena com tornozeleira eletrônica em seu apartamento em um bairro central de Buenos Aires. Lá, recebe políticos aliados, saúda seus simpatizantes da varanda e publica no X suas críticas à política ultraliberal do presidente Javier Milei.
O julgamento do chamado "caso dos cadernos" baseia-se em uma série de anotações que supostamente foram feitas durante anos por um motorista do Ministério do Planejamento, que registrava em cadernos trajetos, nomes de funcionários, empresários e as supostas quantias de dinheiro que transportava.
A defesa de Kirchner alega que as anotações desses cadernos foram modificadas em mais de 1.500 ocasiões, nas quais nomes, datas e endereços foram alterados.
O advogado da ex-presidente, Gregorio Dalbón, classificou recentemente o caso como "a maior vergonha judicial que a democracia já teve" e afirmou que a sentença contra Kirchner "já está escrita".
Embora o processo não aponte um valor total, meios de comunicação, entre eles o jornal argentino "La Nación", e alguns investigadores estimam que as operações envolveram dezenas de milhões de dólares.
Além de Kirchner, irão a julgamento 19 ex-funcionários, dois motoristas e 65 empresários.
A maioria das audiências será realizada semanalmente por videoconferência e espera-se que o processo se estenda por pelo menos dois anos.
Ex-presidente argentina Cristina Kirchner, que governou o país entre 2007 e 2015, acena para apoiadores da varanda de seu apartamento durante prisão domiciliar. Foto de 26 de outubro de 2025. — Foto: Emiliano Lasalvia/AFP
Tão amada por seus seguidores quanto detestada por seus detratores, Kirchner lidera o peronismo há mais de uma década e é a atual presidente do opositor Partido Justicialista.
Mas o início do julgamento coincide com um momento de crise para este histórico partido nacionalista e industrialista, cuja ala de centro-esquerda é conhecida como kirchnerismo.
A contundente derrota deste movimento frente ao pequeno partido de Milei nas eleições de meio de mandato de 26 de outubro refletiu o desgaste do kirchnerismo, mesmo após dois anos de duro ajuste fiscal.
Em 2019, Kirchner escolheu Alberto Fernández para a presidência e o acompanhou como vice. Depois, distanciou-se e o criticou duramente pela crise econômica que resultou na vitória de Milei em 2023.
Ela também costuma antagonizar com Axel Kicillof, o governador da província de Buenos Aires que se projeta como um possível substituto frente à hegemonia de Kirchner e a quem ela acusou de "errar na estratégia eleitoral".
"O mais provável é que haja uma disputa interna, onde diferentes candidatos se apresentarão", acrescentou Timerman.

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3 horas atrás
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