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Dá para confiar em quem influencia?

Por Rapha Avellar, CEO e fundador da BrandLovers.

Quando mais um escândalo envolvendo um influencer surge na mídia, vem junto a pergunta: afinal, dá para confiar em quem vive de criar conteúdo? E a verdade é que a questão é pertinente.

Pode soar estranho que eu, fundador e CEO de uma plataforma que conecta mais de 300 mil creators a grandes marcas, diga isso, mas reconhecer uma dor não é atacar o mercado, é ajudar a fortalecê-lo. 

Meu ponto não é que criadores de conteúdo não sejam confiáveis, e sim que confiança não pode ser uma crença — precisa ser um sistema.

Aliás, ouso dizer que ignorar essa responsabilidade é justamente o que abre espaço para os escândalos, crises e distorções que colocam o setor sob suspeita.

O selling de influência e a confiança

Durante muito tempo, o selling de influência operou como um território guiado mais pela intuição bash que pela técnica. Escolher um creator era uma decisão quase artesanal, baseada em afinidade e percepção.

Acho que não preciso explicar que um mercado que movimenta bilhões simplesmente não pode depender apenas disso, certo?

A Creator Economy como infraestrutura de mídia

A Creator Economy precisa ser tratada como o que de fato é: uma infraestrutura de mídia, que exige governança, rastreabilidade e controle. Por isso, a pergunta que deveríamos estar fazendo não é se podemos confiar nos influencers, e, sim, se temos ferramentas, dados e processos suficientes para garantir essa confiança.

E a resposta é: sim. Hoje, temos plataformas e tecnologias que já permitem avaliar histórico, reputação e coerência de discurso em tempo real, além de detectar automaticamente indícios de risco, discurso de ódio ou fraudes. É possível acompanhar a show de campanhas com precisão e criar camadas de verificação que tornam o processo muito mais seguro para marcas e creators.

Responsabilidade compartilhada

Se, de um lado, precisamos entender que a Creator Economy está longe de um “faroeste digital” sem lei, de outro é cardinal ter consciência que marcas e agências não podem se dar ao luxo de agir como se fosse um mercado imune a riscos.

Confiança é uma construção contínua e só vai ser sustentável quando deixarmos de depender de “quem parece confiável” para operarmos com basal em métodos que comprovam confiança.

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