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Defesa de réus do golpe não descarta mesmo desfecho da Lava Jato

O primeiro é recorrer à Corte de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos). Foi o que o hoje ministro Cristiano Zanin fez quando era advogado de Lula. Isso cria um discurso para manter a "chama acesa", com uma série de recursos, embora o efeito prático demore.

As defesas dos réus por tentativa de golpe de Estado lembram que há duas questões fundamentais nos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário, como o Pacto de San José, e foram citados ontem no voto de Fux: o duplo grau de jurisdição e o cerceamento de defesa.

A segunda aposta das defesas é a revisão criminal, como aconteceu com Lula. "Não cravaria que teria o mesmo fim da Lava-Jato, mas não duvido. Lula passou 580 dias preso e voltou. Tudo pode acontecer. Mas isso levaria uns três anos", afirma um dos advogados.

Já no meio político, a avaliação é que Luis Fux apostou tudo na vitória da direita nas eleições do ano que vem, até porque nunca teve a simpatia da esquerda. Portanto, não teria nada a perder, a não ser o isolamento no STF.

O mandato do ministro termina em 2027. Mas a aposta entres juristas e políticos é de que, em um eventual governo de direita, Fux pode indicar o sucessor e influenciar na escolha de outros dois ministros que também se aposentarão até 2030.

O ministro tem familiares e amigos no meio jurídico. A filha é desembargadora no Rio de Janeiro esde 2016. Fux atuou ativamente para que Marianna Fux, então com 32 anos, fosse indicada à vaga reservada aos advogados no Tribunal de Justiça. A disputa costuma ser duríssima.

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