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Depois do pânico, mercados moderam perdas e sinalizam apostar no bom senso

Essa possibilidade está sendo rapidamente antecipada nos mercados internacionais de commodities. O destaque são as quedas nas cotações do petróleo, que já há alguns dias vêm indicando a perspectiva de recuos na produção, com menor demanda pelo motor da atividade econômica mundial.

As primeiras reações de Trump têm sido negativas para os que especulam ser a política de imposição de tarifas uma estratégia para negociar novas condições comerciais com os países exportadores para os Estados Unidos. Até aqui, o presidente americano parece disposto a bancar perdas iniciais com sua disruptiva política, convicto de que conseguirá zerar os déficits comerciais americanos e recuperar o domínio da indústria americana — impulsionando, em consequência, empregos, investimentos e crescimento econômico.

Crenças neste círculo virtuoso, porém, não são compartilhadas nem mesmo por apoiadores de Trump. São quase unânimes as previsões de que a imposição de tarifas de importação contra o resto do mundo não será capaz de eliminar os déficits comerciais americanos, produzindo apenas uma dança global entre importadores e exportadores, com contração na atividade e elevação dos custos de produção, além de disseminar instabilidades econômicas e políticas.

Por isso, a suposta estratégia trumpista de forçar uma recessão para derrubar as taxas de juros e desvalorizar o dólar, reforçando o objetivo de reerguer a indústria americana, é considerada não só de altíssimo custo, como inconsistente.

À medida em que os índices, nos mercados financeiros e de commodities afundam, uma reação paradoxal, com base na especulação de que Trump recuará de sua aventura protecionista, ganha fôlego.

Ainda na manhã desta segunda-feira, circularam rumores sobre um relatório oficial, segundo o qual Trump daria uma pausa de 90 dias na aplicação das tarifas "recíprocas", diante do derretimento dos mercados. A Casa Branca não fez nenhum movimento na direção de sancionar essa ideia e Trump reforçou publicamente que não cederia.

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