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É #FAKE que oficial da Guarda Nacional dos EUA exigiu que Trump liberasse arquivos de Epstein; conteúdo foi gerado por IA

SynthID Detector, plataforma do Google que verifica conteúdos gerados com a ferramenta de inteligência artificial da própria empresa, aponta que imagens são sintéticas.


Cenas foram gravadas com o SynthID — Foto: g1

Circula nas redes sociais um vídeo no qual um suposto oficial da Guarda Nacional dos Estados Unidos pede que o governo do presidente Donald Trump libere os arquivos de Epstein. É #FAKE.

🛑 O que diz a publicação?

  • Publicado no X e no BlueSky em 1º de outubro, o post diz: "O tenente-general fala às suas tropas sobre o motivo de estarem indo para a cidade devastada pela guerra de Portland, Oregon. Divulguem os arquivos de Epstein".
  • O conteúdo exibe um vídeo, feito inteiramente por inteligência artificial (IA), que supostamente mostra um alto oficial da Guarda Nacional norte-americana falando diante de suas tropas. Ele diz: "O comando de Trump disse que Portland parece uma 'zona de guerra'. Eu já estive em zonas de guerra de verdade — e isto aqui não é uma delas. Até agora, nossa missão aqui não tem sido proteger a América, e sim servir aos interesses de Trump. Ele está nos usando para desviar a atenção dos arquivos de Epstein. Ele teme esses documentos mais do que qualquer inimigo que eu já enfrentei. O verdadeiro inimigo não é Portland — é essa lista. Liberem a lista!"
  • Portland, no estado de Oregon, é uma das cidades administradas pelo Partido Democrata que foram alvo de recente intervenção, após ordem do governo Trump para envio da Guarda Nacional. O presidente dos EUA alegou que esses municípios toleram a criminalidade e abrigam "imigrantes ilegais".
  • O post mentiroso menciona Jeffrey Epstein, bilionário e financista conhecido por sua ligação com uma vasta rede de tráfico sexual e de menores no início dos anos 2000. Ele cometeu suicídio, na prisão, em 2019.
  • O escândalo vem, há meses, manchando a administração Trump, que ele teve uma relação de amizade com o empresário nos anos 1990 e 2000. O presidente nunca foi investigado a respeito do caso e afirma ter se afastado de Epstein quando as denúncias de abuso vieram à tona.
  • Durante a campanha eleitoral de 2024, o republicano prometeu que tornaria públicos os arquivos secretos sobre a investigação acerca das denúncias, mas o governo tem adiado a divulgação dos documentos.
  • Muitos americanos acreditam que os documentos incluem uma lista de clientes poderosos que abusavam menores. Trump, entre outras figuras do alto escalão, supostamente estaria entre os nomes – mas nada disso foi oficialmente confirmado.
O Fato ou Fake submeteu o vídeo ao SynthID Detector, plataforma do Google que verifica conteúdos gerados com a ferramenta de IA da própria empresa. Resultado da análise: "Feito com IA do Google (vídeo) – Synth ID identificado em todo ou parte do conteúdo carregado".
  • Essa tecnologia insere uma marca d'água para identificação de conteúdo gerado com modelos de IA do Google. Essa espécie de selo é incorporada em vídeos, imagens, áudio ou texto fabricados sinteticamente.
  • Embora imperceptível para humanos (que não conseguem verificar o indicador apenas assistindo às cenas ou escutando os áudios), a técnica é detectável pelo sistema.
  • Diferentemente de outros modelos de inteligência artificial que geram deepfakes a partir de vídeos reais, a IA do Google tem a capacidade de produzir cenas hiper-realistas do zero, ou seja, sem a referência de um conteúdo real já publicado.

Cenas foram gravadas com o SynthID — Foto: g1

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