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É preciso um compromisso de Estado pela segurança pública

O governo federal, por sua vez, deve liderar o processo de avaliação da situação atual da segurança em todo o território. Deve, para isso, além de criar uma instituição emergencial temporária, estabelecer o Ministério da Segurança Pública.

A esquerda precisa compreender que o tema da segurança pública é central. Em que pese a realidade de pobreza e de desigualdade, sim, ser responsável por boa parte das mazelas históricas que culminam em situações de violência e de Estados paralelos, a própria ausência de uma política nacional à altura explica, complementarmente, a situação. As duas dimensões são irmãs siamesas.

O aparato estatal policial e de inteligência deve ser fortalecido, sob diretrizes e ações concretas estabelecidas em conjunto pelo presidente da República e pelos governadores e governadoras. Não há outra saída.

A politização do tema, fenômeno que já se constata, claramente, não é só imoral, mas improdutiva. A situação reclama concentrar todos os recursos e esforços financeiros, intelectuais e políticos. Afinal, quem pode ter razão em casa onde falta o mínimo, isto é, o ambiente seguro para a vida coletiva harmoniosa?

O momento demanda uma política de Estado. A grandeza de propósito e de espírito precisa encontrar lugar, em meio a disputas rasteiras, com vistas a pretensos sucessos eleitorais em 2026. Vamo-nos entender: sem um compromisso político de Estado em torno do tema, não sobrará nada a ser disputado nas eleições gerais. Que tomem juízo as autoridades de parte a parte.

Vinícius Torres Freire, na "Folha de S.Paulo", defendeu a criação de um comitê de urgência para tratar da situação da segurança pública. Esse é o caminho, mas será apenas o começo da solução.

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