Os economistas reduziram a previsão para a inflação deste ano pela primeira vez em 23 semanas e mantiveram a expectativa do aumento de 1 ponto percentual para a taxa básica de juros.
No boletim Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira (17), os analistas ouvidos pelo Banco Central apontaram que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) terminará o ano em 5,66%, uma queda de 0,02 ponto percentual em relação ao levantamento da semana passada.
Esta é a primeira vez desde 11 de outubro de 2024 que os economistas reduzem a previsão da inflação em 2025. Naquele dia, a perspectiva era que o IPCA fechasse este ano em 3,96%. Depois disso, foram 19 semanas seguidas de alta, que foram interrompidas apenas em 5 de março, quando houve uma estagnação em 5,65%.
Na semana seguinte, a previsão voltou a aumentar para 3,98%, antes de cair para 3,96% nesta semana. Porém, os economistas elevaram a perspectiva do IPCA para 2026 de 4,40% para 4,48%, e também a de 2028 (de 3,75% para 3,78%).
O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Os analistas ouvidos pelo BC mantiveram a expectativa que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central subirá a Selic em um ponto percentual, para 13,25% ao ano, nesta quarta-feira (19). Os diretores se reúnem a partir desta terça-feira e o anúncio será feito no dia seguinte.
O aumento já está previsto pelo próprio Copom desde dezembro do ano passado. Na última reunião, em janeiro, ele voltou a ser reforçado. Os especialistas acreditam que a Selic fechará o ano em 15%, mesmo patamar há dez semanas. Eles ainda mantiveram as perspectivas para os três próximos anos em 12,5% (2026), 10,5% (2027) e 10% (2028).
O boletim Focus também mostrou que o mercado espera uma redução do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano para 1,99%. Na semana passada, a expectativa era que o crescimento em 2025 fosse de 2,01%. A previsão para 2026 também caiu de 1,7% para 1,6%, enquanto 2027 e 2028 permanecem em 2%.
A pesquisa desta semana vem na esteira da divulgação de dados do IPCA na semana passada, que mostrou que a inflação no Brasil acelerou com força em fevereiro e atingiu o maior nível em quase três anos diante do aumento dos preços da energia elétrica, levando a taxa em 12 meses acima de 5%.
Os investidores também têm prestado atenção a comentários de membros do governo sobre possíveis medidas para a inflação elevada dos alimentos, que o Executivo vê como fundamentais para controlar a trajetória dos preços.
Em 6 de março, o governo anunciou que vai zerar a alíquota de importação de uma série de produtos, incluindo carne, café, açúcar e milho, entre outros produtos, como parte de uma série de medidas para reduzir os preços de alimentos.

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