Uma dúvida comum entre os fãs é: qual é a melhor temporada de Monstro? A série antológica da Netflix já conta com três partes, cada uma dedicada a um caso real de serial killers: Jeffrey Dahmer, os irmãos Menendez e Ed Gein. Criada por Ryan Murphy e Ian Brennan, a produção divide opiniões — há quem a veja como uma obra-prima da TV contemporânea, e quem critique o uso de histórias trágicas como entretenimento. Indicada ao Globo de Ouro, Monstro reúne nomes de peso como Evan Peters (American Horror Story), Charlie Hunnam (Filhos da Anarquia) e Javier Bardem (Onde os Fracos Não Têm Vez).
Para quem curte true crime e ainda não sabe por onde começar, o TechTudo comparou as três temporadas, levando em conta as avaliações da crítica, o público e a nossa redação. Confira o veredito e descubra qual história de Monstro é a melhor: Ed Gein, irmãos Menendez ou Jeffrey Dahmer.
Saiba qual é a história de Ed Gein, assassino retratado na série Monstros da Netflix — Foto: Divulgação/Netflix Na matéria do TechTudo, você encontra:
- Informações gerais
- Temporada 1: Dahmer: Um Canibal Americano
- Temporada 2: A História dos Irmãos Menéndez
- Temporada 3: A História de Ed Gein
- Qual é a melhor temporada para a redação do TechTudo?
- Qual é a melhor temporada para a colab?
- Veredicto: qual é a melhor temporada de Monstro?
Monstro: informação por temporada
| Dahmer: Um Canibal Americano (1ª temporada) | A História dos Irmãos Menendez (2ª temporada) | A História de Ed Gein (3ª temporada) | |
| Ano | 2022 | 2024 | 2025 |
| Enredo | Sobre o serial killer Jeffrey Dahmer, que atuou entre 1978 e 1991. Foi condenado por assassinato e canibalismo. | Conta o caso dos irmãos Menendez, Erik e Lyle, condenados em 1989 pelo assassinato dos próprios pais. | Relembra o caso de Ed Gein, serial killer e violador de túmulos. Foi preso na década de 50, com a casa repleta de restos mortais. |
| Número de episódios | 10 | 9 | 8 |
| Elenco | Evan Peters (Jeffrey Dahmer), Niecy Nash (Glenda Cleveland) e Richard Jenkins (Lionel Dahmer) | Cooper Koch (Erik Menendez), Nicholas Alexander Chavez (Lyle Menendez) e Javier Bardem (José Menendez) | Charlie Hunnam (Ed Gein), Suzanna Son (Adeline Watkins) e Laurie Metcalf (Augusta Gein) |
| Roteiristas | Ryan Murphy, Ian Brennan, David McMillan, Janet Mock, Reilley Smith e Todd Kubrak | Ryan Murphy, Ian Brennan, David McMillan, Reilley Smith e Todd Kubrak | Ian Brennan |
| Produção Executiva | Ryan Murphy e Ian Brennan | Ryan Murphy e Ian Brennan | Ryan Murphy e Ian Brennan |
| Nota no IMDb | 7.9 | 7.7 | 6.9 |
| Nota no Rotten Tomatoes | 57% | 45% | 17% |
Temporada 1: Dahmer: Um Canibal Americano
Enredo de Dahmer: Um Canibal Americano
A primeira temporada de Monstro revive a vida e os crimes de Jeffrey Dahmer, um dos serial killers mais notórios dos Estados Unidos. Ao longo de mais de uma década, Dahmer assassinou 17 jovens, cometendo atos de extrema brutalidade — incluindo o consumo dos restos mortais de suas vítimas. Mesmo despertando desconfiança entre vizinhos e conhecidos, conseguiu escapar por anos. A série explora, em detalhes, não apenas os crimes, mas também a infância e a formação psicológica do assassino.
A recepção foi polarizada. De um lado, a produção foi muito elogiada pelas atuações e pela fidelidade documental — com cenas que reproduzem depoimentos e imagens reais, como o discurso de Rita, irmã de Errol, no tribunal. No Rotten Tomatoes, o usuário Uncle B. descreveu Dahmer como “emocionalmente devastador, mas cativante. Uma obra-prima que, apesar de trágica, tem um storytelling excepcional”.
A primeira temporada de Monstro retrata a história de Jeffrey Dahmer, assassino e canibal — Foto: Reprodução/IMDb Do outro, vieram críticas à espetacularização da violência e à pouca visibilidade das vítimas. A própria Rita condenou a produção, afirmando ao The Hollywood Reporter: “É uma pena que estejam lucrando com essa tragédia”. Jessica Winter, do The New Yorker, reforçou o incômodo: “por mais brilhantes que sejam as atuações, talvez Dahmer simplesmente não tenha uma justificativa para existir”.
Vale ressaltar que isso não é um consenso. Kayla Cobb, do Decider, diz que Ryan Murphy mostra “o que um drama policial pode parecer se pararmos de glorificar assassinos e começarmos a nos concentrar em falhas sistêmicas”. A jornalista faz referência às denúncias ignoradas, feitas pelos vizinhos negros de Dahmer, e amplamente retradas nas séries.
A primeira temporada de Monsters foi indicada a quatro categorias no Globo de Ouro, incluindo Melhor Série Limitada, Antologia ou Filme para Televisão, Melhor Ator — prêmio conquistado por Evan Peters — e Melhor Atriz Coadjuvante, com Niecy Nash. A produção se destacou pela atmosfera de tensão constante, construída por meio de uma fotografia que aposta em closes e uma trilha sonora que intensifica o desconforto. O resultado é um clima sufocante, que acompanha todos os episódios.
A direção, sob nomes como Paris Barclay, optou por uma abordagem contida das emoções de Dahmer, reforçando seu comportamento frio e dissociativo. Essa escolha, elogiada por parte da crítica e vista como robótica por outros, foi feita para colocar foco nas vítimas e nas falhas do sistema que permitiram que os crimes ocorressem. Embora a série tenha evitado mostrar as cenas mais brutais, manteve imagens impactantes e insinuações explícitas de violência.
Dahmer reconta a história do serial killer Jeffrey Dahmer — Foto: Reprodução/IMDb - Excelentes atuações;
- Narrativa fiel aos acontecimentos;
- Abordagem completa, que vai além dos crimes.
- Glamourização do assassino;
- Falta de consentimento das famílias das vítimas;
- Enredo lento em alguns pontos.
Temporada 2: A História dos Irmãos Menéndez
Enredo de A História dos Irmãos Menéndez
A segunda temporada de Monstro revive o caso de Lyle e Erik Menéndez, irmãos que assassinaram os próprios pais, José e Kitty, em 1989. Durante o julgamento, a defesa alegou que os dois foram vítimas de abusos físicos, psicológicos e sexuais cometidos pelo pai — com o conhecimento da mãe. Condenados à prisão perpétua, Lyle e Erik continuam cumprindo pena até hoje. O processo dividiu a opinião pública: enquanto parte da família se manteve ao lado dos irmãos, a ausência de testemunhas a favor das vítimas evidencia a complexidade do caso.
Mais uma vez, a recepção da série se dividiu. Alguns críticos elogiaram o retrato sensível da história, enquanto outros acusaram a produção de explorar uma tragédia real em busca de audiência. Como os irmãos ainda estão vivos, a temporada ainda reacendeu o debate sobre uma possível revisão da sentença — impulsionando movimentos que defendem a libertação dos dois sob a alegação de legítima defesa.
Inkoo Kang, do The New Yorker, destacou que “o perfil prolífico de Ryan Murphy se mistura aos seus instintos mais provocadores e desequilibrados”. Já John Paul King observou que “não é uma série para todos — longe de ser ‘trash’, mas ousada o bastante para desafiar o senso comum de um dos produtores mais controversos da TV atual”. No Rotten Tomatoes, o usuário Harry K descreveu a produção como “uma obra-prima de true crime com tons sutis de comédia”, opinião compartilhada por quem elogiou o elenco. Ainda assim, a temporada gerou polêmica ao inserir elementos ficcionais, como a sugestão de uma relação incestuosa entre os irmãos — hipótese jamais confirmada por eles.
Os irmãos Menéndez foram condenados pelo assassinato de ambos os pais, em 1989 — Foto: Divulgação/IMDb A História dos Irmãos Menéndez mantém a assinatura sombria de Ryan Murphy, apostando em uma direção que combina tensão contida e ambientação opressiva da família. A série constrói sua força visual por meio de uma fotografia fria e quente, dependendo do momento na linha temporal — reforçando o contraste entre a aparência de uma família perfeita e o ambiente abusivo que culmina no crime. A direção de arte também não deixa a desejar, com figurinos, objetos decorativos e acessórios que remetem à ensolarada Califórnia dos anos 80 e 90.
O quinto episódio, “Apelido”, é destaque em toda série, com a maior avaliação no IMDb — com 9.1 pontos. O capítulo é um plano sequência de Erik, narrando os abusos sexuais vividos na sua infância para Leslie, advogada de defesa. É apenas uma cena, em que a câmera se aproxima do ator, conforme o depoimento fica mais íntimo e intenso. É, de longe, um dos episódios mais aclamados de toda a antologia, reforçando o lado artístico e poético da produção. Não à toa, Cooper Koch concorreu ao Globo de Ouro de Melhor Ator pelo título, sendo uma das três indicações da temporada ao prêmio.
Irmãos Menendez, parte da antologia Monstros, é a segunda temporada de Monstros — Foto: Reprodução/Netflix - Atuações elogiadas, principalmente de Cooper Koch;
- Figurino e elementos decorativos bem feitos;
- Relevância do crime até os dias de hoje.
- Acusação de exploração de temáticas sensíveis;
- Adição de elementos fictícios à história real.
Temporada 3: A História de Ed Gein
A terceira temporada de Monstro mergulha na história de Ed Gein, assassino e violador de túmulos que impactou Wisconsin nos anos 1950. Seus crimes chocaram o mundo ao revelarem um cenário de horror dentro de sua casa — com “ternos” feitos de pele humana, abajures, taças e outros objetos confeccionados com restos mortais. Diagnosticado com esquizofrenia, Gein se tornou uma figura central na cultura pop, servindo de inspiração para clássicos como Psicose (1960), O Massacre da Serra Elétrica (1974) e O Silêncio dos Inocentes (1991).
Assim como nas temporadas anteriores, a série busca retratar não apenas os crimes, mas o contexto que moldou o criminoso. Desta vez, porém, a narrativa tenta ir além — abordando também o impacto cultural de Gein e as obras cinematográficas que seus atos inspiraram. Essa escolha, porém, fez o enredo perder foco para parte da crítica. Matthew Creith, do TheWrap, escreveu: “A temporada mira em contar a história do monstro, mas falha em entregar oito episódios dignos de maratona. As excelentes atuações se diluem em tramas secundárias exageradas, que não levam a lugar algum".
As liberdades criativas da produção também dividiram opiniões. Niels, usuário do Rotten Tomatoes, criticou: “É pura ficção. Relações, assassinatos e personagens inventados do zero. Até as motivações e as vítimas foram alteradas. O episódio final, então, é completamente falso.” Por outro lado, Gersende elogiou o resultado: “É cativante. A temporada mostra não apenas como os monstros são criados, mas como a sociedade se alimenta deles. É impossível não sentir empatia por Gein, trazido à vida pela atuação impressionante de Charlie Hunnam".
O assassino Ed Gein é o tema da terceira temporada de Monstro — Foto: Divulgação/Netflix Monstro: A História de Ed Gein impressiona por sua fotografia e pela estética cuidadosamente construída, capaz de trazer à vida as paisagens do interior de Wisconsin dos anos 1950. A série aposta em uma abordagem naturalista e ao mesmo tempo estilizada, que resulta em composições marcantes. Mas esse artifício às vezes distrai da narrativa central, com imagens de horror descritas como impactantes, mas excessivas.
Do ponto de vista técnico, a direção — liderada por Max Winkler — peca pela falta de ritmo e coesão. A estrutura em duas linhas temporais, que alterna entre a vida de Gein e a criação de filmes inspirados em seus crimes, é fragmentada, resultando em uma experiência confusa. A tentativa de embaralhar realidade e delírio, especialmente nas cenas envolvendo a personagem da mãe, traz uma camada de ambiguidade interessante, mas acaba gerando ainda mais confusão.
Ed Gein ficou conhecido como o Carniceiro de Plainfield — Foto: Reprodução/TIME - Mais uma vez, atuações são o destaque;
- Caracterização e direção de arte foram elogiadas;
- Fotografia chamativa da década de 50 nos EUA.
- Narrativa lenta e demorada;
- Inserção de enredos externos, desviando da história principal;
- Inserção de muitos elementos fictícios e falsos ao enredo.
Além das três temporadas lançadas, Monstro já está confirmada para a quarta — Foto: Divulgação/Netflix Qual é a melhor temporada para a redação do TechTudo?
Na redação do TechTudo, fizemos uma votação para eleger a melhor temporada. A grande vencedora foi a primeira, que aborda a história de Jeffrey Dahmer. Os elogios estiveram alinhados com o que foi apontado pela crítica - grandes atuações, como a de Evan Peters, verossimilhança em relação ao caso original e as críticas ao pouco da polícia com a comunidade preta local.
Eu, Luisa Silveira, considero a primeira temporada de Monstro também é vitoriosa. A história de Dahmer, por si só, é digna de filme. O enredo segue um assassino cruel, frio e que, diferente dos demais, realmente merece o título de Monstro, sem despertar nenhuma empatia na audiência. É, definitivamente, uma série difícil de ser assistida, mas a primeira temporada é ainda pior.
Jeffrey Dahmer é o caso da primeira temporada de Monstro — Foto: Divulgação/IMDb As polêmicas sobre glamourização do serial killer são válidas, mas também presentes em todas as narrativas de true crime. Ao se manter fiel aos detalhes reais, os criadores conseguem contar a história de Dahmer com mais precisão, sem deixar de horripilar e assustar. Afinal, a história do canibal é tão bizarra que dispensa a ficção.
Ao mesmo tempo, as atuações são incomparáveis. A frieza de Dahmer e o sofrimento de Glenda, que representa a vizinha negra do assassino, tantas vezes ignorada pela polícia, atingem a alma. Infelizmente, o caso de Jeffrey não nos ensinou muita coisa e a palavra da população periférica e não branca continuam com pouco valor para a polícia e para o sistema judiciário. Resumindo, é uma série completa, que toca até aqueles mais experientes em true crime. Os showrunners, porém, pecam ao se recusarem a dialogar com a família da vítima, reforçando as acusações de que apenas querem lucrar em cima da tragédia alheia.
Dahmer: Um Canibal Americano é considerada a melhor temporada da série — Foto: Reprodução/IMDb Veredicto: qual é a melhor temporada de Monstro?
Tanto a crítica, quanto a audiência e a redação do TechTudo chegam a um consenso: a primeira temporada de Monstro é a melhor. A história de Jeffrey Dahmer é horripilante e as atuações não deixam a desejar. Apesar das críticas e das polêmicas, é o enredo que possui melhor avaliações de modo geral.
Porém, é possível observar que, a cada temporada, a produção perde a força na crítica, o que sugere que seus recursos narrativos estão se esgotando. É preciso esperar para ver se Monstro consegue se recuperar, já com a quarta temporada, sobre a história de Lizzie Borden, confirmada.
🎥VERDADES E MENTIRAS DO CASO ED GEIN — Análise da série Monstro: a História de Ed Gein
VERDADES E MENTIRAS DO CASO ED GEIN — Análise da série Monstro: a História de Ed Gein

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1 mês atrás
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