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Edital de concessão do Bloco 2 será lançado em julho pela Secretaria da Reconstrução

O edital do projeto de concessão rodoviária do Bloco 2 das estradas do Vale do Taquari e da região Norte do Rio Grande do Sul será lançado no mês de julho pela Secretaria da Reconstrução Gaúcha. A expectativa é que o leilão aconteça entre os meses de outubro e novembro deste ano. "Com isso, a concessão deve ter sua assinatura de contrato no primeiro semestre de 2026", destaca o secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi.

Segundo o secretário, os principais pontos de reavaliação foram os recursos públicos a serem investidos na concessão e o valor do quilômetro rodado, que serve como base para o cálculo da tarifa ao usuário. O aumento de R$ 200 milhões no aporte estadual será viabilizado por meio do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs). Com isso, o investimento previsto, nos 10 primeiros anos, chega a R$ 4,3 bilhões – sendo R$ 2,8 bilhões de responsabilidade do parceiro privado. O investimento total, nos 30 anos da concessão, será de R$ 5,8 bilhões.

Na apresentação feita pelo governador Eduardo Leite, no Palácio Piratini, a deputados, prefeitos, empresários e lideranças regionais foi discutida a proposta de reduzir o preço dos pedágios cobrados na futura concessão do Bloco 2 de rodovias - uma diminuição de cerca de 30% de segmentos duplicados ou de terceiras faixas. Na apresentação, a quantidade de quilômetros duplicados ao longo dos 30 anos da concessão, antes definida em 244,5 km, passaria para 174,5 km, uma redução de 70 quilômetros. Porém, a Secretaria da Reconstrução Gaúcha diz que o projeto revisado da concessão prevê de gatilhos de obras de duplicações ou terceiras faixas em trechos de estradas que não foram contemplados.

Isso significa que, segundo a secretaria, em alguns pontos pré-estabelecidos, as obras de ampliação podem ser incluídas ao longo da concessão. São mais de 17 quilômetros de duplicações em trechos que hoje são de terceiras faixas e 103,5 quilômetros de terceiras faixas ou duplicações em trechos que atualmente são de pistas simples.

As obras de ampliação futuras ocorrerão de acordo com índices técnicos e comprovada necessidade. Não há indicadores pré-estabelecidos, porém, índices como contagem veicular, problemas de trafegabilidade, acidentalidade, entre outros, são pontos que serão avaliados para acionar a ampliação de investimentos, mediante reequilíbrio contratual e provocado pelo poder concedente. A vantagem dessa medida é não onerar a tarifa inicial do Bloco 2.

O prefeito de Erechim, Paulo Alfredo Polis (MDB) diz que é favorável à concessão de rodovias federais ou estaduais, com preços equilibrados e justos. "Defendo um amplo debate nas regiões afetadas, pois vejo como alternativa para investimentos necessários de infraestrutura, que é determinante para o desenvolvimento regional, do Estado e do Brasil", explica. Segundo Polis, o poder público e a iniciativa privada caminham juntas em projetos de infraestrutura para o desenvolvimento dos municípios do Vale do Taquari e da região Norte.

O vice-presidente da Federasul na Região do Vale do Taquari, Ivandro Carlos Rosa, afirma que os municípios estão preocupado porque até o momento não tiveram acesso aos projetos do Bloco 2. "Existe uma certa incerteza dos municípios porque foram solicitadas muitas ações de aprimoramentos dos projetos do ponto de vista de melhorias de acesso e passagens em trechos municipais", destaca. 

O chamado Bloco 2 abrange 32 municípios gaúchos (17,5% da população), tem um total de 414,91 quilômetros de extensão, e é composto por sete estradas (ERS-128, ERS-129, ERS-130, ERS-135, ERS-324, RSC-453 e BR-470). A modelagem conta com a parceria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes).

CIC Vale do Taquari contrata empresa para contagem de veículos em rodovias

O grupo técnico coordenado pela Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC VT) contratou a empresa Gnoatto Botoni Engenharia e Consultoria, para realizar um levantamento detalhado sobre o fluxo de veículos em rodovias estratégicas da região. Adelar Steffler, coordenador do Grupo Técnico da CIC VT, destaca que a iniciativa é considerada essencial no contexto do programa estadual de concessões rodoviárias, pretende oferecer dados concretos que vão embasar decisões técnicas e políticas sobre mobilidade e infraestrutura.

A contagem ocorrerá durante sete dias consecutivos (10 a 16/6) e 24 horas por dia, nos seguintes trechos: ERS-453: Lajeado/ Venâncio Aires; ERS-453: Estrela/ Teutônia; ERS-130: Lajeado/ Arroio do Meio; ERS-129: Marau/Passo Fundo; ERS-135: Passo Fundo/ Erechim, e ERS-129: Guaporé/ Serafina Corrêa.

Segundo Steffler, a execução dos serviços será feita com o uso de inteligência artificial ou contagem manual, dependendo da viabilidade técnica de cada ponto, e resultará em um relatório técnico detalhado para balizar as propostas junto ao governo estadual. "A obtenção desses dados é fundamental para dar subsídios diante do processo de concessão do Bloco 2", acrescenta. 

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