© Reuters. Empresas de risco reavaliam permanência em Hong Kong, diz jornal
Empresas de classificação de risco avaliam que não é mais tão vantajoso permanecer em Hong Kong. Segundo o WSJ (Wall Street Journal), algumas companhias estrangeiras têm retirado seus funcionários da metrópole chinesa, à medida que os negócios diminuem e as autoridades locais tomam medidas mais restritivas em relação a informações de inteligências corporativas.
Três empresas de due-dilligence dos Estados Unidos e do Reino Unido que estavam em Hong Kong há mais de 10 anos já retiraram ou diminuíram suas operações em 2023, segundo o jornal.
A China impôs em 2023 uma série de restrições a empresas estrangeiras de due-diligence, que aconselham clientes sobre riscos comerciais ou realizam verificações e investigações no país.
Em julho, a China estabeleceu uma multa de US$ 1,5 milhão à Mintz Group, uma das empresas que fechou seu escritório em Hong Kong. A penalização se deu porque o governo chinês afirmou que a companhia realizou “trabalhos estatísticos não autorizados”.
Além de multarem a Mintz, as autoridades chinesas também questionaram a equipe da empresa de consultoria norte-americana Bain e proibiram um executivo-sênior da empresa norte-americana de consultoria de risco Kroll, baseado em Hong Kong, de deixar a China.
O número total de empresas estrangeiras com sede regional em Hong Kong diminui e o número de pessoas contratadas por empresas estrangeiras na cidade caiu em 25.000 entre 2019 e 2022, segundo números do governo chinês.
“É evidente que tanto a China continental como Hong Kong já não são seguros negócios de due-dilligence e serviços investigativos, devido à expansão dos conceitos de segurança nacional em toda a China”, disse Martin Purbrick, analista da Fundação Jamestown.
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