As enchentes ocorridas entre o final do mês de abril e maio no Rio Grande do Sul afetaram entre 84% e 92% dos postos de trabalho formais nos municípios mais atingidos. O índice foi divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao Ministério do Planejamento e Orçamento, a partir de levantamento realizado nos dois últimos meses entre empresas privadas. Uma segunda fase do estudo, já em andamento, vai apurar o impacto na funcionalidade dentro de órgãos públicos.
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As enchentes ocorridas entre o final do mês de abril e maio no Rio Grande do Sul afetaram entre 84% e 92% dos postos de trabalho formais nos municípios mais atingidos. O índice foi divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao Ministério do Planejamento e Orçamento, a partir de levantamento realizado nos dois últimos meses entre empresas privadas. Uma segunda fase do estudo, já em andamento, vai apurar o impacto na funcionalidade dentro de órgãos públicos.
O Ipea realizou o levantamento através de cruzamento de dados, conforme o técnico de planejamento e pesquisa Alexandre Cunha. “A partir das manchas de inundação, em regiões que foram alagadas ou onde houve deslizamentos, cruzamos as informações de localização de CNPJs e a quantidade empregados que elas tinham. São empregos que estavam em lugares inacessíveis”, explicou.
O técnico, que atua junto à presidência da entidade, observa que o levantamento foi solicitado pela Casa Civil da Presidência da República para o embasamento de programas de auxílio às empresas. “A urgência do governo foi para dar uma resposta ao setor privado. Agora estamos estendendo o estudo de impacto em equipamentos públicos, como hospitais, escolas, postos de saúde e centros de atendimento sociais.”
Dentro do levantamento, o Ipea também estimou que pelo menos 27% dos estabelecimentos e 38% dos postos de trabalho na capital, Porto Alegre, foram diretamente atingidos. Em todas as cidades do Estado, ao menos 23,3 mil estabelecimentos privados (9,5% do total nesses municípios) foram diretamente atingidos, assim como 334,6 mil postos de trabalho (o equivalente a 13,7% do total).
A retomada desses postos de trabalho perdidos, sejam eles por demissão ou pela inatividade das empresas, é fundamental para retomada da economia gaúcha, na avaliação do economista da UFRGS e especialista em Desenvolvimento Econômico, Desenvolvimento Local, Política Industrial, Mercado de Trabalho, Educação e Finanças Públicas, Jorge Ussan. Para o especialista, na melhor das hipóteses o Estado deve chegar ao final do ano com crescimento zero no PIB, isso porque já havia uma alavancagem a partir de fatores como a safra.
“Os empregos serão recuperados a partir de agosto. A questão é saber quantos e onde”, ressalta. Ussan se refere à possibilidade de muitas companhias mudarem de endereço, migrando para locais mais seguros, além das que, provavelmente, não conseguiram retomar suas atividades.
A recuperação de curto prazo se dará através dos menos atingidos, observa o economista. Entre os mais atingidos, há desafios como compra de máquinas, novas instalações e acesso a crédito. “Muitas empresas vão sair do Vale do Taquari, Eldorado do Sul e, até mesmo, aqui no 4º. Distrito. O governo do Estado deveria dar uma atenção especial para essa mudança de infraestruturas, desde os mercados até as escola públicas. Não vejo essa discussão sendo feita.”

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