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Energytechs buscam ampliar oportunidades dentro do setor energético

Com o avanço das mudanças legais, como a crescente abertura do mercado livre (onde o cliente pode escolher de quem comprar a energia) e da normatização da geração distribuída (em que o consumidor produz sua própria energia), foi proporcionado um novo leque de soluções e serviços nesse campo de atividade. Para aproveitar esse momento, cada vez mais startups estão direcionando seus esforços para essa área, as chamadas Energytechs.

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No ambiente do Tecnopuc são quatro dessas companhias atuando: Leaf4All, Energia das Coisas, Sevenia e Volters. O professor da Pucrs e coordenador do Plug Hub, Eduardo Pellanda, ressalta que há várias oportunidades a serem aproveitadas no segmento de energia, tanto na questão da sustentabilidade e da geração limpa como com novas formas de comercialização de energia. “E essas startups nascem devido a essas possibilidades, empresas que estão procurando diferentes formas de entrar em um mercado que era muito tradicional e antigo e agora tem outras opções”, enfatiza o coordenador do Plug Hub.

Entre as ações que são trabalhadas por essas companhias, Pellanda cita o desenvolvimento de placas solares, tecnologias para a produção eólica e aproveitamento de resíduos para geração de energia. Outro tópico que é alvo das energytechs são as formas de armazenamento da energia. O professor reforça que obter mais energia, de uma maneira mais sustentável e sem agredir tanto o meio ambiente, é uma das maiores preocupações atualmente no planeta.

Pellanda acrescenta que no setor de transporte as novas soluções, dentro da mobilidade elétrica, também são essenciais para diminuir a emissão dos gases que provocam o efeito estufa. Ele frisa que o uso da energia está cada vez mais inteligente e exemplifica com os carros elétricos, que podem ser abastecidos na residência do motorista, contudo em caso de necessidade podem inverter o fluxo e funcionar como uma bateria que fornece luz para a casa.

Sobre as vantagens das startups estarem no Tecnopuc, Pellanda argumenta que, sob o guarda-chuva da instituição, essas empresas conseguem estar conectadas a outras companhias e agentes que não teriam a chance atuando sozinhas. Essa constatação é confirmada pelo CEO da Volters, Eduardo Berriel, cuja energytech está inserida no universo do Tecnopuc e do Instituto Caldeira.

A Volters fornece o serviço de energia por assinatura. Berriel detalha que o objetivo da empresa é facilitar que o interessado em contar com a geração distribuída, mas que não tem condições ou vontade de instalar painéis fotovoltaicos, possa encontrar quem ofereça essa energia, ao melhor custo possível. Essa relação é feita por uma plataforma, um aplicativo, semelhante ao que acontece hoje com empresas como a Uber e o Airbnb, que aproximam passageiros e motoristas e turistas e proprietários de habitações.

Do lado do consumidor, Berriel diz que muitos dos clientes da Volters estão no nicho de bares e restaurantes. Já quem tem sobra de geração de energia também pode utilizar a plataforma como fornecedor. “É uma democratização do setor de energia”, afirma o empreendedor. De acordo com ele, para o consumidor, a solução propicia uma economia da conta de luz que varia de 10% a 22%. O CEO da Volters explica que o serviço da companhia, atualmente, pode ser acessado através do site da empresa.

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