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Estoque de imóveis novos reduz em Porto Alegre; vendas mantêm estabilidade

O estoque de imóveis novos em Porto Alegre reduziu no primeiro quadrimestre de 2025. Na última pesquisa do Panorama do Mercado Imobiliário, levantamento realizado pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), em parceria com a Alphaplan Inteligência em Pesquisas e a Órulo, o estoque caiu para 4.352 unidades disponíveis. O número é 14% inferior ao mesmo período do ano anterior e 6% abaixo da média mensal dos últimos 12 meses. 

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O estoque de imóveis novos em Porto Alegre reduziu no primeiro quadrimestre de 2025. Na última pesquisa do Panorama do Mercado Imobiliário, levantamento realizado pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), em parceria com a Alphaplan Inteligência em Pesquisas e a Órulo, o estoque caiu para 4.352 unidades disponíveis. O número é 14% inferior ao mesmo período do ano anterior e 6% abaixo da média mensal dos últimos 12 meses. 

O resultado é o segundo menor registrado desde outubro de 2024, e, segundo o Sinduscon, a principal explicação para a redução no estoque está na desaceleração dos lançamentos. Entre janeiro e abril deste ano, apenas 366 unidades foram lançadas na capital gaúcha, queda de 58% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizadas 882 novas unidades. O número mostra o impacto do cenário macroeconômico adverso, com taxas de juros elevadas, que acabam tornando o crédito menos acessível e restringem o financiamento.

“O mercado está lançando menos, mas com mais maturidade e foco estratégico. Estamos priorizando imóveis de fácil absorção, com boa receptividade tanto por parte do consumidor final quanto dos investidores”, afirma Claudio Teitelbaum, presidente do Sinduscon.

Apesar do recuo no estoque e nos lançamentos, as vendas se mantiveram estáveis. Foram comercializadas 1.501 unidades entre janeiro e abril, exatamente a mesma quantidade registrada no primeiro quadrimestre de 2024. Porém, o Valor Geral de Vendas (VGV) apresentou queda: passou de R$ 1,57 bilhão para R$ 1,45 bilhão, refletindo a pressão sobre os preços e a dificuldade das incorporadoras de repassar os aumentos de custo aos consumidores.

Ângelo Da Cás é dono da Da Cás Lançamentos, imobiliária líder na venda de imóveis novos, que trabalha com construtoras como Melnick e Cirela Goldstein. Para ele, a queda no estoque é positiva, pois um imóvel novo parado gera muito mais gasto para a incorporadora do que um imóvel vendido. “Se a construtora tem um estoque muito grande, ela gera prejuízo. Todo imóvel que a incorporadora tem em estoque, exige que ela pague IPTU, por exemplo. Então, estrategicamente, é, de certa forma, o objetivo da construtora, ter um estoque baixo”, afirma Ângelo.

Para Teitelbaum, os empresários do setor estão reduzindo as margens de lucro numa tentativa de manter a atratividade dos novos empreendimentos. “Há um esforço grande para segurar os preços, o que, por outro lado, têm criado oportunidades para o consumidor. A expectativa é que esse cenário se sustente por mais alguns meses, antes que os preços comecem a refletir integralmente os custos acumulados.”

Dados do Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R), da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), apontam que os preços médios dos imóveis no Brasil subiram 11,2% nos 12 meses até fevereiro de 2025, superando a inflação do período, de 4,4%. Em Porto Alegre, a valorização caiu pela metade, com 5,1%, mostrando o desempenho estável das vendas na capital gaúcha.

As preferências do consumidor no perfil das unidades vendidas também ficaram evidentes. Studios e apartamentos de um dormitório representaram 52% das vendas em unidades no quadrimestre, com maior concentração em bairros como Centro, Petrópolis e Bom Fim. Já em termos de VGV, os apartamentos de três dormitórios lideraram com 48% do total, destaque para os bairros Petrópolis, Centro, Boa Vista e Bela Vista, com 43% de valor movimentado.

“O mercado imobiliário tem uma particularidade que é possível ir bem tanto em alta como em baixa. A minha linha de trabalho vai muito para investidoras. E quando o mercado está bom, as pessoas faturam, ganham dinheiro e querem se realizar comprando imóvel. Seja para fazer um upgrade na moradia ou investir o dinheiro para ter uma rentabilidade com a locação de JKs e pequenos apartamentos. Já quando o mercado está em baixa, as pessoas querem botar o dinheiro em moeda forte”, finaliza o sócio da Da Cás.

Imobiliária porto-alegrense atinge 100 agências em operação no País

Em meio aos ajustes do mercado imobiliário, a gaúcha Auxiliadora Predial comemora uma importante marca: a abertura de sua centésima agência. O novo ponto de atendimento está localizado em Joinville, Santa Catarina, e representa também a entrada da empresa no mercado de vendas da cidade catarinense.

Fundada em 1931 em Porto Alegre, a Auxiliadora Predial está presente hoje nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, a companhia soma atualmente 60 agências no Rio Grande do Sul, 23 em SC, 14 em SP e 3 no PR.

Segundo o Executivo de Marketing da imobiliária, Rodrigo Fryga, a empresa cresce cada vez mais a cada ano. “Temos cerca de 100 mil imóveis para venda. No pilar aluguel, nós estamos com 12 mil imóveis administrados em contratos de locação, crescendo em torno de 20% com relação ao mesmo período do ano passado. Em valor de aluguel, o nosso ticket médio subiu 17%, uma média de R$ 2.300 mil o valor do aluguel em nossos contratos.”

A expansão tem sido um dos pilares do grupo, que atua há 18 anos como franqueadora. Com mais de 1,3 mil colaboradores, a empresa administra ativos com cerca de R$ 55 bilhões, está presente na vida de mais de 800 mil brasileiros e projeta crescer ainda mais.

“Ano passado nós fechamos o ano com dois bilhões vendidos em Valor Geral de Venda (VGV). O ano passado a gente atingiu o primeiro bilhão em julho. Esse ano atingimos a mesma marca no final de maio. Antecipamos em quase um mês e meio o atingimento do primeiro bi anual. E acreditamos que até o fim do ano cheguemos em R$ 2,6 bilhão de VGV”, finaliza Fryga.

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