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Eu testei o Perplexity no lugar do Chrome — e isso é o que achei

Os navegadores tradicionais ainda são as opções mais utilizadas para pesquisa em todo o mundo. Até pouco tempo atrás, o Chrome era sempre meu ponto de partida para diversas tarefas, como checar notícias, comparar preços, tirar dúvidas rápidas e até deixar sites carregando enquanto fazia outras atividades. No entanto, outras plataformas, como ferramentas de inteligência artificial (IA) passaram a competir com o Google na minha busca por informações.

Dessa vez, resolvi testar o Perplexity AI, que se apresenta como um buscador conversacional e promete fazer pesquisas mais rápidas, organizadas e diretas. A IA também se destaca por elencar e apresentar de forma clara as fontes usadas durante as buscas, tornando a checagem de fatos mais intuitiva e prática. Durante um período, deixei o Chrome de lado e usei apenas o Perplexity para tudo. Confira, a seguir, o que funcionou e se essa troca faz sentido no dia a dia.

 Reprodução/Media Daily News Troquei o Chrome pelo Perplexity AI para fazer pesquisas online; veja o que eu descobri — Foto: Reprodução/Media Daily News

Diferenças entre Perplexity e Chrome

Apesar de serem usados para buscar informações, Chrome e Perplexity têm propostas bem diferentes. O Chrome é um navegador clássico: abre sites, exibe resultados do Google, permite navegar por abas e dá total controle sobre o caminho que o usuário escolhe fazer. A experiência é menos automatizada. O buscador apresenta todos os links e cabe ao usuário escolher no que clicar, comparar conteúdos e avaliar a credibilidade da fonte. Já o Perplexity funciona como um buscador com inteligência artificial. Ele interpreta perguntas, reúne informações, cruza fontes e entrega uma resposta já resumida, acompanhada dos links usados na pesquisa.

Em vez de oferecer várias páginas de resultados, constrói um resumo e exibe as referências de cada trecho. Outro ponto de diferença é o layout. O Chrome distribui tudo em abas, janelas e menus. O Perplexity concentra tudo em uma única conversa, seja texto, imagem, resumo ou páginas abertas dentro do próprio app. Por outro lado, enquanto o navegador organiza resultados, a IA toma decisões sobre o que mostrar, ou seja, entrega um recorte e não todas as informações indexadas.

O Perplexity se mostrou mais vantajoso do que o Chrome ao oferecer informações filtradas e personalizadas de forma rápida. Perguntas objetivas tiveram respostas diretas e o fato de o Perplexity exibir as fontes ao lado do texto trouxe mais segurança do que outros modelos de IA. Além disso, a ferramenta permite expandir a pesquisa, sugerindo caminhos paralelos, informações adicionais e outros dados que eu não buscaria sem a indicação. Esse recurso economiza tempo e ainda ajuda a descobrir mais sobre o tema pesquisado.

 Reprodução/Júlia Silveira Perplexity se destaca por oferecer informações filtradas e personalizadas de forma rápida — Foto: Reprodução/Júlia Silveira

A IA também oferece bons resumos para analisar sites complexos ou documentos extensos, agilizando consultas a notícias e páginas mais densas. Além disso, a experiência é mais limpa e organizada, sem abas se acumulando ou excesso de links e notificações. Tudo fica disponível em um único ambiente único. Essa arquitetura auxilia quem trabalha com multitarefas e lida com diferentes documentos no dia a dia.

Outro ponto positivo é a integração com a web, já que a IA carrega as páginas clicadas dentro da própria plataforma. É possível ler conteúdos completos sem sair da interface principal, o que é bastante algo prático, principalmente para uso no celular.

Apesar das vantagens, a troca não é tão simples. E alguns limites ficaram evidentes. Com o Perplexity há menos controle sobre a pesquisa. Ao aceitar o resumo da IA, o usuário também aceita o filtro que a ferramenta faz. Diferentemente do Chrome, não é possível ver a variedade completa de links, manchetes, páginas e formatos disponíveis. Isso empobrece pesquisas mais profundas ou comparativas. Mesmo com fontes listadas, ainda existe o risco de interpretações equivocadas, ordenações enviesadas e respostas superficiais. O Perplexity acerta bastante, mas erra também (e apresenta as falhas com propriedade, deixando o resultado confuso).

 Reprodução/Júlia Silveira Buscador do Google, associado ao Chrome, garante acesso a mais informações e referências — Foto: Reprodução/Júlia Silveira

Além disso, abrir múltiplas páginas e alternar entre elas não é tão fluido quanto no Chrome. A experiência de exploração clicar, voltar, avançar, comparar) é mais engessada. Também senti falta de alguns recursos típicos dos navegadores, como extensões, favoritos e histórico detalhado. Outro ponto negativo é que nem tudo abre bem dentro da interface do Perplexity. Alguns sites podem carregar incompletos ou com comportamento estranho dentro do ambiente da IA, o que me fez recorrer ao navegador em algumas situações.

Vale a pena usar o Perplexity no lugar do Chrome?

A experiência de usar o Perplexity como principal fonte de pesquisa foi interessante, mas não suficiente para me fazer abandonar o Chrome de vez. A IA é bastante útil para pesquisas rápidas, dúvidas diretas e consultas que exigem respostas resumidas. As respostas filtradas e personalizadas também ajudam a economizar tempo. Mesmo assim, o navegador continua relevante quando a tarefa exige comparação entre várias páginas, leitura mais aprofundada, checagem de credibilidade ou navegação mais complexa. Além disso, a liberdade de abrir abas e explorar caminhos próprios ainda faz falta. Por enquanto, o Perplexity funciona melhor como complemento. Talvez no futuro eu migre totalmente para uma IA mais completa, mas por ora o navegador tradicional ainda entrega mais controle e precisão.

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