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EUA estão à beira de uma paralisação orçamentária e terão sexta-feira decisiva no Senado

Apesar de ter maioria no Senado, ocupando 53 das 100 cadeiras, os republicanos precisam do apoio de pelo menos sete democratas para alcançar os 60 votos necessários para aprovar o texto.

A proposta de orçamento, já aprovada pela Câmara dos Representantes, de maioria republicana, estenderia o financiamento federal até setembro.

Isso daria tempo para negociar um orçamento para todo o ano, incluindo os fundos necessários para algumas das promessas de campanha de Trump, como seu programa de expulsão de imigrantes.

Se nenhum texto for aprovado até o fim da sexta-feira, ocorrerá um fechamento do governo, o que os norte-americanos chamam de shutdown.

Isso deixaria centenas de milhares de funcionários públicos sem trabalho temporariamente, interromperia o tráfego aéreo e causaria atrasos no pagamento de certos auxílios alimentares.

Essa é uma situação extremamente impopular nos Estados Unidos, que tanto democratas quanto republicanos querem evitar.

A proposta republicana inclui um aumento de US$ 6 bilhões (R$ 34,9 bilhões) no orçamento de defesa, mas também um corte de US$ 13 bilhões (R$ 75,5 bilhões) em outras áreas.

Os democratas consideram esses cortes inaceitáveis, especialmente após as demissões em massa de funcionários realizadas por Elon Musk com o apoio de Trump, como parte do Departamento de Eficiência Governamental.

Desde o retorno de Trump à Casa Branca, Musk tem se empenhado no desmantelamento de algumas agências federais, às quais acusa de fraude ou má gestão dos recursos públicos.

Os democratas também temem que o financiamento temporário, em vez de um orçamento para todo o ano fiscal, enfraqueça o poder do Congresso na formulação do orçamento, pois daria ao Poder Executivo mais liberdade para decidir onde gastar os fundos.

A congressista democrata Rosa DeLauro classificou a proposta republicana como um "cheque em branco para Elon Musk", enquanto o senador Mark Warner, conhecido por suas posições moderadas, afirmou que votará "não", pois se opõe a "entregar as chaves para Trump e Musk sem restrições".

O líder democrata do Senado, Chuck Schumer, anunciou nesta quinta-feira que votará a favor porque está preocupado com as consequências de uma paralisação parcial do governo.

O presidente Donald Trump discursa em uma sessão conjunta do Congresso no Capitólio dos EUA em 4 de março de 2025, em Washington, DC. O vice-presidente JD Vance e o presidente da Câmara, Mike Johnson (R-LA), aplaudem atrás dele. — Foto: Win McNamee/Pool via REUTERS

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