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Evento em tom eleitoral do União Brasil tem críticas ao PT no campo da segurança pública

Lideranças do União Brasil reunidas na noite desta quinta-feira (27), em Curitiba, indicaram que vão colocar a segurança pública no centro do debate nas eleições de 2026, apostando no desgaste do governo federal na área.

"Se quiserem ver como o PT trata a questão da segurança pública olhem para a Bahia. As cidades mais violentas do país estão na Bahia, estado governado há 20 anos pelo PT", disse o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, durante um evento promovido pela Fundação Índigo, ligada ao União Brasil e presidida pelo político.

"PT gosta de dizer na propaganda que cuida dos mais pobres. Mas será possível cuidar dos mais pobres e ter esses números? Na Bahia, é o pobre que mais morre por conta de organização criminosa", continuou ACM Neto.

Batizado de "SOS Segurança Pública", o evento reuniu lideranças do União Brasil. Também participou o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP), que foi o relator, na Câmara dos Deputados, do projeto de lei Antifacção enviado pelo governo federal.

A tramitação do projeto foi tumultuada. A base do presidente Lula (PT) reclamou da falta de debate na Câmara e criticou mudanças feitas por Derrite no texto, que agora está em análise pelo Senado.

Nesta quinta, Derrite chamou a versão original do projeto de "porcaria" e disse que "o governo federal tem uma visão romântica da segurança pública.

"Foi o próprio presidente da República que falou pouquíssimo tempo atrás que o traficante é uma vítima", afirmou Derrite.

Um evento semelhante da Fundação Índigo já havia acontecido em maio, na Bahia. Nesta quinta, em Curitiba, o anfitrião do encontro foi o senador Sergio Moro, que é pré-candidato ao governo estadual em 2026.

"Chega de dizer que prender não resolve. Resolve sim. E precisou morrer seis policiais no Rio de Janeiro para a gente conseguir avançar na legislação penal", disse Moro, ao defender o endurecimento das penas, principal ponto do projeto de lei Antifacção aprovado na Câmara.

Segundo Moro, o governo federal petista, nos últimos dois anos, ficou "apenas infernizando a vida das polícias estaduais" para que adotassem câmeras nas fardas. "Podemos até discutir este tema, mas ele não pode ser o carro chefe", afirmou o senador.

Também presente no evento em Curitiba, o presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, afirmou que a Operação Contenção no Rio de Janeiro, no final de outubro, "sensibilizou todo o país". Ele acredita que há respaldo da sociedade para "impulsionar medidas fortes contra o crime organizado".

Segundo Rueda, "não é à toa que pessoas ligadas às forças de segurança têm tomado a política" e "isso o PT não quer". Para ele, a pauta da segurança pública é uma pauta de direita e do campo conservador.

Na sequência das falas dos políticos do União Brasil, o ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Policiais) do Rio de Janeiro Rodrigo Pimentel subiu ao palco para fazer uma palestra. Pimentel é idealizador do filme "Tropa de Elite" e foi chamado para falar sobre a expansão territorial de facções criminosas.

O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), foi anunciado pela organização do evento em Curitiba, mas, por conta da agenda em Brasília, não conseguiu participar do encontro.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), precisou cancelar sua participação porque se recupera de uma cirurgia e gravou um vídeo exibido no evento.

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