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Ex-presidente do BRB se queixa de abandono de aliados após operação da PF

Afastado e demitido da presidência do BRB (Banco de Brasília), Paulo Henrique Costa se queixou a aliados com os quais conversou nos últimos dias do isolamento que vem sofrendo desde a operação da Polícia Federal que mirou o Banco Master, de Daniel Vorcaro, e a instituição que comandava.

A insatisfação de Costa alimentou rumores ao longo do final de semana de que ele estaria disposto a fazer um acordo de delação premiada com a Polícia Federal ou o Ministério Público Federal.

A gestão de Costa é acusada de ter feito repasses ilegais de recursos ao Master por meio da compra de carteiras falsas de crédito, o que seria acobertado por meio da aquisição do banco privado pelo público. O Banco Central proibiu a concretização da negociação em setembro.

Advogado de Costa, Cleber Lopes diz ao Painel que ele está bem, "dentro do que se mostra possível, pois a medida de afastamento da presidência do banco foi drástica, mas isso será superado ao longo da investigação". Em relação à investigação, diz que o próprio BRB já afirmou que não houve prejuízo algum, muito menos na "estratosférica cifra de R$ 12 bilhões".

Costa foi afastado do cargo por decisão judicial na terça-feira (18), quando estava nos Estados Unidos participando de um curso, e foi demitido no mesmo dia pela gestão Ibaneis Rocha (MDB). Ele voltou ao Brasil na sexta-feira (21), e negou ter cometido qualquer ilegalidade.

Nas conversas com pessoas próximas, ele mencionou que nos primeiros dias recebeu apenas mensagem de texto do governador Ibaneis, com quem conversava com frequência ao telefone antes da operação, e disse que foi defenestrado do cargo pela vice-governadora Celina Leão (PP).

Celina disse a jornalistas, logo após a operação, que a gestão não tem compromisso com o erro e que a saída de Costa era definitiva. Ibaneis, por sua vez, falou em erros de Costa por "excesso de confiança no crescimento do banco", mas disse ter carinho por ele.

O ex-presidente do banco ainda passou por constrangimento na quarta-feira (19). Juliana Monici, chefe de gabinete de Ibaneis e conselheira fiscal do BRB, publicou uma mensagem em um grupo de WhatsApp de membros da gestão que destacava a escolha de um "perfil técnico" para substituir Costa no comando do BRB. O substituído, no entanto, ainda estava no grupo.

Juliana e Ibaneis se tornaram réus de processo na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) também na terça-feira.

Em nota divulgada na sexta-feira (20), Costa afirmou que vai "colaborar pessoalmente com a investigação" e que seguirá fornecendo "todas as informações e esclarecimentos necessários para a completa elucidação dos fatos".

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